Paulo Mendes, treinador do Paivense, mostra-se ambicioso para enfrentar a luta pela subida de divisão, depois de ter conseguido terminar a primeira fase na liderança da Série Norte.
Corpo do artigo
"Nunca fomos candidatos, estamos nesta posição por mérito próprio". Foi desta forma que Paulo Mendes, treinador do Paivense, da AF Aveiro, explicou a O JOGO o sucesso da campanha. Depois de ter terminado a primeira fase da Série Norte da AF Aveiro em primeiro lugar, com 48 pontos, o objetivo na segunda fase é lutar por "vencer cada jogo". "Tendo em conta que estamos a discutir com clubes históricos, e com orçamentos diferentes do nosso, queremos complicar a vida a esses supostos candidatos", expôs o técnico, de 30 anos, que tem no Paivense a segunda experiência no futebol sénior, depois da passagem pelo Cinfães.
A paixão pelo futebol surgiu por influência do pai, que há 25 anos também esteve no Paivense, como presidente do clube. "Nunca tive muito jeito para jogar, mas sempre tive uma capacidade de entender o jogo superior à dos meus amigos", conta Paulo Mendes, que teve uma experiência enriquecedora ao lado de André Villas-Boas. "Tive a oportunidade de passar uma semana com o André Villas-Boas no Marselha (França), durante a qual acompanhei todos os trabalhos de perto. Uma coisa que acho fantástica no André é a comunicação durante o treino, a capacidade que tem de mudar a língua em que está a falar. Num treino, no meio de um exercício, e no espaço de um minuto, chegou a falar quatro línguas completamente diferentes. E isso faz com que crie uma maior proximidade com os jogadores. Não está ao alcance de qualquer um", elogia.
Na ainda curta carreira, o técnico teve ainda a experiência trabalhar com Lito Vidigal, no Arouca, na época em que a equipa atingiu os lugares europeus. Para o futuro, a curto prazo, o objetivo de Paulo Mendes é "chegar à Liga 3". "Muito honestamente, neste momento, sinto-me preparado para isso, para fazer uma época tranquila", reforça.
14603380