Ricardo Quaresma revelou ter declinado convites de clubes do Catar e das Arábias para "ganhar muito mais".
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Quase dois meses depois de ter assinado pelo Vitória de Guimarães, tornando-se no reforço mais sonante para a época 2020/21, Ricardo Quaresma contou ter colocado a família em primeiro lugar no momento de definir o futuro.
O extremo estava há cinco épocas consecutivas na Turquia e considerou que "estava na altura de regressar a Portugal". "Foi importante ver a minha família outra vez feliz. Já ganhei o que tinha para ganhar. Estar lá fora para ganhares mais 200 ou 300... é mais importante olhar para o lado e veres a tua mulher e os teus filhos felizes. Nem pensei muito", recordou, numa entrevista concedida ao site "Elefante de Papel", confirmando ter sido confrontado com convites tentadores do estrangeiro.
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"Tinha propostas lá para fora, no Catar e nas Arábias, para ganhar muito mais, mas optei pelo Vitória pelo amor à família. Em primeiro lugar, estão eles. Foram muitos anos lá fora. O Ricky [filho] até anda muito mais entusiasmado por ir para a escola, o que era difícil na Turquia porque lá só se fala inglês ou turco. Aqui já tem os amigos perto dele", referiu.
Dizendo-se grato ao Vitória "por tudo", Quaresma garante "estar em boa forma" aos 37 anos e conta corresponder às expectativas dos adeptos. "Mesmo com a idade que tenho, as pessoas têm aquela esperança de que ainda posso fazer algo pelo clube. Isso mexe comigo. É algo que me deixa orgulhoso", testemunhou, reconhecendo que poderia ter "chegado muito mais longe" como futebolista. "Quando és mais novo, tens o sonho de ser o melhor. Depois percebes que podias ter sido, mas não foste. Estou contente com o que fiz e, olhando para minha carreira, até tenho de ficar feliz", avaliou.
"As pessoas de Guimarães têm aquela esperança. Isso mexe comigo"
Em campo ou noutras circunstâncias, o internacional português jamais admitirá, de resto, manifestações de racismo. "Há que combater isso. Sempre que achar que devo falar, eu vou falar", atirou, garantindo nunca esconder o que pensa. "Já perdi muito na vida por falar sobre problemas que não eram meus, mas eu tenho de falar porque não gosto de algumas atitudes. Ainda hoje sou assim com treinadores e colegas", assumiu.