Quaresma recorda: "Adriaanse veio com mentalidade militar, não te podias rir, tatuagens, brincos..."
Excertos da entrevista de Ricardo Quaresma ao Porto Canal
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Co Adriaanse mexeu de forma positiva: "O meu clique é com o Co Adriaanse, na segunda época. O meu primeiro ano foi numa fase complicada, uma época difícil com três treinadores. No início, tive algumas dificuldades com o Adriaanse, veio com aquela mentalidade militar, não te podias rir, não podias ter tatuagens, brincos, nada. Não joguei nos primeiros jogos, nem era convocado e estava a ver a minha vida a andar para trás. Foi uma maneira dele lidar comigo."
Aquela trivela saída do banco: "Faço aquele golo ao Rio Ave de trivela e aí começa a minha história. Até aí os adeptos foram importantes para mim. Eu estava no banco e começaram a cantar o meu nome para eu entrar e o Co Adriaanse com aquela cara de mal-disposto a olhar para mim. Mas adorei trabalhar com ele, sinceramente. No dia-a-dia tinha uma maneira de estar difícil, mas como treinador era fantástico."
Exigência dos adeptos: "Vou a qualquer lado e sinto o amor que as pessoas têm por mim. Fui conquistando isso. Quando cheguei, tive muitos jogos em que fui assobiado. Eu também procurava isso. Lembro-me de estarmos a perder 1-0 com o Beira-Mar e eu tenho uma jogada em que podia cruzar normal e saco uma de letra e vai para trás da baliza. É normal que os adeptos me queiram matar. Cheguei a dizer que quanto mais me assobiavam, mais ia pedir a bola."
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