"Quando vêm para o FC Porto, os jogadores pensam em ganhar uma competição europeia"
Otávio alimenta o sonho continental para a próxima época, sem descurar o “resgate” do título de campeão nacional. Confiante na força de um plantel imune a distrações vindas de fora, o defesa-central projeta 2024/25 com metas elevadas. Encontros com o novo presidente só deram para curto vislumbre do futuro.
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Um FC Porto “a dar tudo” pela conquista de todos os títulos possíveis. É desta forma descomplexada que Otávio encara a próxima época, definindo o título de campeão nacional como prioridade, mas também a olhar para a glória europeia.
De que forma a conquista da Taça de Portugal, a fechar a época, pode funcionar como tónico para a nova temporada?
-A motivação é sempre a mesma, vamos sempre com a mesma ambição de conquistar títulos. Na próxima época será igual, vamos querer ganhar e estar no topo. É isso que todos os jogadores sentem. Temos um grupo muito unido, somos uma família. O ruído que vem de fora não nos afeta.
O que pode prometer aos adeptos do FC Porto?
-Posso prometer um Otávio competitivo, que quer sempre ganhar e que tem a ambição de conquistar títulos, como todos os outros jogadores da nossa equipa. O passo que temos de dar é conquistar a I Liga. Aliás, queremos conquistar todos os títulos. Se fizermos uma grande época, podemos conquistar a Liga Europa, o campeonato, a Taça de Portugal... Só depende de nós, temos de trabalhar para isso.
Diz que é possível ganhar a Liga Europa. É um objetivo vincado?
-Vamos dar tudo, sempre. Temos a impressão de que os jogadores, quando vêm para o FC Porto, pensam em ganhar uma competição europeia. É um objetivo possível. Acredito a nível pessoal e acredito que é assim com todos nós.
Como é que a equipa olha para a nova era com André Villas-Boas na liderança do clube?
-Não sei, para já esteve uma ou duas vezes connosco. Vamos aguardar.
“Conceição deu-me algumas duras...”
Chegou ao FC Porto em janeiro e não demorou a afirmar-se. Que balanço faz destes meses com Sérgio Conceição?
-Aprendi muito com o míster Sérgio e ainda estou a aprender. É já um treinador muito importante na minha carreira. Desde que cheguei “pegou no meu pé” para eu aprender, mostrar o Otávio que sou e a velocidade que tenho. Só tenho a agradecer. Deu-me algumas duras, mas isso é normal [risos]. Encaro tudo da melhor forma, o míster quer que eu aprenda. Só tenho gratidão.
O que é que ele vos transmitiu em relação ao futuro?
-É difícil falar sobre isso, porque não sabemos de nada. Eu não sei de nada.
Outra figura do FC Porto é Pepe. Pode falar-se dele como um professor para o Otávio?
-Claro que é um professor. Quando cheguei, ver um dos meus maiores ídolos, que tantas vezes vi jogar... É uma pessoa muito importante para mim. Procurei-o sempre, fiz-lhe perguntas, pedi dicas, sempre a querer aprender e foi o que aconteceu. Cada dia que passo com ele tem uma dimensão muito importante. Vou levar para a vida tudo o que já me ensinou. Poder jogar ao lado dele foi uma conquista.
Até onde pode chegar esse Otávio?
-Pensamos sempre no que pode vir a seguir na vida. Jogar noutro nível, jogar pela seleção do nosso país. O míster Dorival Júnior viu-me jogar no Dragão e estivemos juntos no Flamengo também. Tenho os objetivos e os sonhos de qualquer jogador. A minha missão é conquistar uma Liga dos Campeões e ganhar um Mundial. É o sonho de todos nós.