"Quando Mora chegou, reparei e disse logo: 'Aquele menino tem algo diferente...'"

Nem tudo foi negativo ao longo da época. Esperavam uma explosão de tamanha dimensão por parte do Rodrigo Mora?

—Não, tenho de ser sincero. Sem ter visto muito dele antes, quando o Rodrigo chegou à equipa principal reparei e disse logo: “Aquele menino tem algo de diferente”. A qualidade com bola, uma capacidade técnica que toda a gente já viu... Surpreendeu-me muito e agora estamos a colher os frutos. Teve jogos magníficos connosco e esta chamada à Seleção é mais um reflexo do que ele tem vindo a fazer. Ficámos muito felizes por ele e também pela formação do FC Porto. É sinal de que o clube está a investir nos produtos da formação. Estamos muito contentes de o ter connosco e tenho a certeza que vai ser muito importante no Mundial de Clubes.

Para alguém que vem da formação, o que representa ver meninos do Olival sagrarem-se campeões europeus de sub-17?

—Diz muito. É sinal de que a formação do FC Porto está a fazer um bom trabalho. Tem grandes talentos que, mais tarde, poderão fazer parte da equipa A. Alguns ainda não têm 17 anos e ainda são muito novos. É um caminho difícil, revejo-me neles. Na altura em que estava na formação, sabia que as hipóteses de poder chegar à equipa principal eram praticamente nulas. Surgiram com muito trabalho e sacrifício. E eles têm de ter isso em mente. Mas é um motivo de enorme orgulho poder ver miúdos da nossa formação levantarem o título de campeão da Europa. Estão no bom caminho e tenho a certeza de que poderão fazer carreira na equipa principal. Pode dizer-se que o futuro do FC Porto está assegurado.