Bruno de Carvalho, em declarações à Sporting TV
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Definição de presidente: "Não percebi muito bem ainda. Depende da personagem que fizer a avaliação. Vou utilizar a rábula do Ricardo Araújo Pereira quando falou do Jesus. Ao nível do presidente, alguém que trabalha em equipa mas que é, muitas vezes, solidário. Um trabalho com grandes decisões, que estava falido financeiramente e em ambição. Quando me candidatei, era este o perfil do presidente que pretendia. Alguém que devolvesse o Sporting ao que são as grandes decisões a nível nacional e internacional, alguém que não tivesse medo de travar todas as guerras que tivesse de travar, sem medo de perder. Sei que nem toda a gente pensa assim. Ouço alguns tiques de perfil, até poderíamos fazer um making-of com a pergunta: "Qual o perfil de um presidente?" O que gostaria de ver é isto: alguém combativo, com o ADN do Sporting"
Reação das pessoas a estímulos: "Há pessoas que não entendem o que deve ser o perfil de um presidente nas condições do presidente do Sporting. Então, fazem essas confusões. Se aparece muito, se aparece pouco; se devia ir ou não para o banco; se devia ir ou não a programas com comentadores, opinadores e "paineleiros". Fico espantado porque acho que a maior parte das pessoas só reage por estímulos. Ouvimos três segundos de uma intervenção do presidente do Sporting a seguir ao jogo com o Boavista e depois comentamos durante três horas sem ter ouvido o resto"
Ou matava ou morria quando chegou ao Sporting: "Há uma forte vontade de me tornarem num saco de boxe - e eu também me coloco a jeito . Há quem compreenda o meu lado em defesa do Sporting, mas também há quem só veja o trauliteiro, o incendiário, criador de polémicas. O que me interessa é a eficácia e a eficiência. Sei muito bem onde quero chegar e onde queremos levar o Sporting. O Sporting não tinha tempo para recuperar, não tinha cinco ou dez anos para recuperar. Quando cheguei, havia três meses de salários em atraso. As pessoas esquecem-se porque lhes dá jeito. Aí, o Sporting ou matava ou morria. Estava à beira de um colapso. Se tiver nota 10 em eficácia, está perfeito. Nunca me ouviram o discurso do chorão, que era muito pior e que por isso não o fizemos... Não! Optei por um discurso ambicioso desde o início. Os sportinguistas entendam que tudo o que faço, tudo o que digo, toda a imagem que passo, está relacionado com um rumo perfeitamente traçado para o Sporting. A única vez que pode não acontecer, é quando as pessoas me vêem às vezes um bocado danado a seguir aos jogos, porque realmente sofro porque sou sportinguista"