"Público nos estádios? Acho estranho que seja depois do fim da época e de um jogo europeu"

O Governo anunciou, esta quarta-feira, que os recintos desportivos de todas as modalidades poderão preencher até um terço da sua lotação para espetadores a partir de 14 de junho, podendo ser exigido um teste negativo à covid-19.

À saída da Assembleia Geral da Liga, Miguel Pinto Lisboa, presidente do Vitória de Guimarães, comentou a notícia. "É um tema transversal a todos os clubes e instituições e importa referir que têm de ser definidos os critérios em que isso vai acontecer. Os clubes e os adeptos têm de saber com o que é que podem contar, quais devem ser as expectativas para a próxima época. Têm de saber em rigor como se vai desenvolver a próxima época. Acho estranho que seja depois do fim da época e de um jogo europeu, parece-me que já podiam ter sido implementadas as medidas. Mas importa saber em rigor como se vai processar", referiu.
Miguel Pinto Lisboa também considerou que "é urgente que se salvaguardem os clubes com medidas relativas às apostas desportivas, à fiscalidade e aos seguros". "É muito importante que o apoio do governo e das instituições ao futebol não seja apenas um slogan politico, seja efetivo, como efetiva é a força que o futebol confere ao nosso país em termos económicos e de imagem", defendeu
O presidente do Vitória abordou outro tema em análise: "O Vitória entende que a centralização de direitos televisivos não pode sofrer retrocessos, a participação da Liga e da Federação, envolvida com os clubes, é fundamental, este é um momento estrutural importante para o futebol português, irrepetível, e que não podemos desperdiçar por questões particulares ou por objetivos individuais ou políticos".
E sobre a ideia levada a discussão pelo Belenenses em fazer uma revisão do modelo de Direção, Pinto Lisboa defendeu a atual Direção: "Este não é o momento certo para discutir temas com o da Direção da Liga. Trabalhou este ano e meio perante muitas dificuldades, fez um bom trabalho, e portanto entendemos que o foco não deve estar aí, deve estar nos clubes estarem unidos, estarem com a Liga e com a Federação e resolverem os problemas do futebol português."