PSP emite comunicado sobre adiamento do Famalicão-Sporting e destaca confrontos
A Polícia de Segurança Pública dá a sua versão sobre o adiamento do Famalicão-Sporting, da 20ª jornada da I Liga
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A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) referiu hoje que foi surpreendida por um número anormal de agentes com baixa médica, o que levou ao adiamento do Famalicão-Sporting, da I Liga de futebol.
Garantindo que tinha sido "planeado e preparado o efetivo policial adequado e necessário" para o encontro da 20.ª jornada, a PSP adianta que, "antes do início do policiamento ao evento, um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica"
"A PSP prontamente acionou meios policiais de outras unidades de polícia, meios esses que também vieram a comunicar situações de indisposição, com deslocação para unidades hospitalares", lê-se no comunicado da força de segurança.
De acordo com o mesmo documento, "foram ainda acionados meios da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia no Porto e da Guarda Nacional Republicana, visando reforçar o policiamento ao evento desportivo".
"Porém, tendo existido alguns incidentes de ordem pública junto ao Estádio Municipal de Famalicão, mesmo tendo sido possível reforçar as imediações do mesmo, a PSP, em coordenação com o organizador e o promotor do evento, decidiu que não se encontravam reunidas as condições necessárias para a realização do jogo", lê-se.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) tinha confirmado hoje o adiamento do encontro Famalicão-Sporting, da I Liga, para data a definir, devido à falta de policiamento.
"A Liga Portugal informa que o jogo entre FC Famalicão e Sporting CP, referente à jornada 20 da Liga Portugal Betclic, foi adiado, por acordo dos clubes, para data ainda a definir, depois de ter recebido informações por parte do responsável pela força policial presente no Estádio Municipal de Famalicão de que não existem condições de segurança para a realização do mesmo hoje nem amanhã [domingo]", lê-se num comunicado.
Repudiando os incidentes ocorridos no exterior do Estádio Municipal de Famalicão, a Liga de clubes "exige ao Governo, em especial ao ministro da Administração Interna, a instauração de um processo de inquérito com caráter de urgência, de forma a apurar responsabilidades pelo sucedido, em defesa dos adeptos e das famílias".
Inicialmente, o encontro estava previsto para as 18:00, mas a LPFP anunciou um adiamento de uma hora, para as 19:00, acabando a partida por não se realizar hoje.
A falta de agentes da PSP para supervisionar o jogo entre minhotos e ‘leões’ dá-se após protestos das forças de segurança em Lisboa e no Porto, relacionados com a atribuição do suplemento de missão.
COMUNICADO
Relativamente ao policiamento em apreço, a Polícia de Segurança Pública (PSP) esclarece o seguinte:
1 – A PSP tinha planeado e preparado o efetivo policial adequado e necessário para assegurar o normal desenrolar do evento FC Famalicão vs Sporting CP, a contar para a 20.ª Jornada da Liga Portugal;
2 – Antes do início do policiamento ao evento, um número não habitual de polícias informaram que se encontravam doentes, comunicando baixa médica;
3 – A PSP prontamente acionou meios policiais de outras unidades de polícia, meios esses que também vieram a comunicar situações de indisposição, com deslocação para unidades hospitalares;
4- Foram ainda acionados meios da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia no Porto e da Guarda Nacional Republicana, visando reforçar o policiamento ao evento desportivo;
5 – Porém, tendo existido alguns incidentes de ordem pública junto ao Estádio Municipal de Famalicão, mesmo tendo sido possível reforçar as imediações do mesmo, a PSP, em coordenação com o organizador e o promotor do evento, decidiu que não se encontravam reunidas as condições necessárias para a realização do jogo;
6 – A PSP apela a todos os adeptos de futebol que compreendam a complexidade da situação e que cumpram as indicações dos polícias que se encontram em Famalicão e que evitem comportamentos e atitudes de risco que comprometam a ordem e tranquilidade públicas.
Lisboa e Direção Nacional, 3 de fevereiro de 2024.