Para ter acesso, os ex-jogadores de futebol têm de frequentar uma ação de formação de 20 horas.
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O Conselho de Arbitragem da FPF e o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) assinaram, esta sexta-feira, um protocolo de cooperação, numa cerimónia no Campus do Jogador, em Odivelas. Segundo o documento, os ex-jogadores de futebol, que tenham sido federados, vão poder ter acesso direto à carreira de árbitro, não existindo limite de idade. Os interessados terão de frequentar uma ação de formação com a duração de 20 horas.
O evento contou com a participação do presidente do CA da FPF, Fontelas Gomes, do presidente do SJPF, Joaquim Evangelista, da árbitra Tatiana Martins e do ex-jogador Rebelo,
Serão utilizadas as instalações da Academia do Jogador para treino e formação dos árbitros. E o Conselho de Arbitragem compromete-se a disponibilizar árbitros jovens para participar em eventos organizados pelo Sindicato.
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O presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Fontelas Gomes, elogiou a realização do protocolo e garante que este é uma forma de lutar contra a falta de árbitros no futebol português: "Achamos que é um acordo interessante para as duas partes, porque temos todos a aprender uns com os outros, os árbitros com os jogadores e os jogadores com os árbitros, seja pela experiência de campo ou pelo conhecimento das leis de jogo".
Acrescentou ainda que é uma forma de ajudar diretamente as Associações Distritais e Regionais, que passam a contar com mais árbitros para as suas competições e mas de permitir aos antigos jogadores de ter mais uma saída profissional que os mantenha ligados ao desporto.
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Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, também destacou a importância deste compromisso: "Este protocolo traduz um compromisso com a profissão de árbitro de futebol, que carece de mais pessoas interessadas em fazer carreira e fortalecer os quadros nacionais, fundamentais para o regular funcionamento das competições".
"É também um apoio à transição de carreira para os jogadores, cheia de desafios e, nalgumas áreas dentro do desporto, com uma procura claramente superior às ofertas de emprego. Estamos satisfeitos por poder concretizar os dois objetivos e acolher no Campus do Jogador o plano formativo criado para os ex-jogadores que participarão no programa. Confiamos que terá adesão, este pode e deve ser um plano B para os jogadores", disse ainda Joaquim Evangelista.