Perto de 365 mil migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2700 morreram, de acordo com os dados divulgados pela Organização Internacional para as Migrações.
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O FC Porto informou na sexta-feira a UEFA que vai doar um euro por cada bilhete no jogo com o Chelsea, da Liga dos Campeões, para apoiar os migrantes e numa carta enviada ao organismo europeu do futebol, assinada por Pinto da Costa, sugere a Michel Platini, presidente da UEFA, que os restantes 31 clubes da edição desta época da Champions também possam fazer o donativo de um euro por cada bilhete vendido na primeira partida como anfitrião.
A ideia do FC Porto teve, como seria de esperar perante a dimensão da tragédia que aflige a Europa, enorme impacto, com diversas referências em órgãos de comunicação social de todo o mundo. Nas redes sociais o fenómeno foi ainda mais planetário, merecendo destaque os "retweets" que Julen Lopetegui e Iker Casillas fizeram da causa do FC Porto, multiplicando as partilhas da iniciativa. No Facebook de O JOGO, por exemplo, sete horas depois da publicação da notícia, já tinham sido ultrapassados os 14 mil likes e o número de partilhas a aproximava-se de seis mil. Mas, igualmente importante, as centenas de comentários revelavam que o clubismo fora colocado de parte numa hora em que o mais importante será contribuir para ajudar os milhares de refugiados que continuam a chegar à Europa todos os dias.
"A família do futebol tem uma longa tradição de solidariedade e responsabilidade social, é por isso impossível fechar os olhos ao drama dos migrantes e refugiados que tentam entrar em solo europeu", lê-se na carta, que termina com o lema "Let's play for the migrants!" (Vamos jogar pelos migrantes).
A Lusa fez as contas e como lotação do Estádio do Dragão são 50 mil lugares e, se no jogo com o Chelsea o recinto estiver esgotado, o valor que aquele clube pode angariar para os refugiados será na ordem dos 50 mil euros.
Perto de 365.000 migrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro e mais de 2.700 morreram, de acordo com os dados divulgados hoje pela Organização Internacional para as Migrações.