Kauan Kelvin estreou-se a marcar pela equipa B do Braga, fechando a goleada à Sanjoanense<br/> (4-1). Médio acredita que o melhor está para vir.
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Kauan Kelvin é umas promessas que atua na equipa secundária do Braga. O médio-ofensivo, de 18 anos, foi descoberto nos brasileiros do Grémio, o único clube que conheceu antes de chegar aos arsenalistas. Ao quarto jogo na Liga 3 estreou-se a marcar, na vitória gorda sobre a Sanjoanense (4-1). Tendo perdido o pai aos dez anos, o médio-ofensivo meteu na cabeça que iria ser jogador profissional para realizar o sonho do progenitor.
Saltou do banco nos minutos finais, mas ainda a tempo de fechar a goleada frente à Sanjoanense. Como foi esse momento?
-Foi um momento único, porque foi o meu primeiro golo num jogo oficial pelo Braga. Espero que seja o primeiro de muitos. Foi importante para fechar um jogo em que conseguimos regressar às vitórias.
Foi o seu primeiro golo em Portugal, esperava que chegasse logo ao quarto jogo?
-Não pensei nisso, mas tenho estado a trabalhar muito bem nos treinos e consegui fazer o golo, graças a Deus. Trabalho sempre para ajudar a equipa, seja a construir, a assistir ou a marcar. Mas, claro, marcar é sempre especial.
Fez toda a formação no Grémio, como é que o Braga B o descobriu?
-Dos 11 aos 18 anos estive sempre no Grémio. O Braga viu alguns jogos no Brasil, observaram-me e viram as minhas qualidades. Agora, com trabalho, cabe-me devolver a confiança que depositaram em mim.
Assinou até 2028. É um sinal de que o Braga acredita no seu potencial?
-É sinal que o clube confia em mim e nas minhas qualidades. Quero responder com muito trabalho, porque estou mesmo muito feliz por estar no Braga. Espero conseguir dar sempre o melhor.
Como está a correr a integração na nova equipa e que diferenças encontra para o campeonato brasileiro?
-Estou adaptado ao clube e ao futebol português. Este é um campeonato muito exigente, sinto que vou evoluir depressa. A diferença para o campeonato brasileiro é muita, aqui é tudo muito mais intenso, temos de pensar mais rápido, e começo a estar habituado a isso.
No ano passado, o Braga B ficou nos quatro primeiros lugares e foi à fase de subida. Acha que há condições para lutar por esse objetivo?
-É lógico que queremos ficar nos quatro primeiros, mas, para já, não faz sentido pensar na subida. Queremos e temos capacidade e qualidade para ganhar todos os jogos. Com esta mentalidade ganhadora, queremos ficar nos quatro primeiros para disputarmos a fase de subida. Se conseguirmos isso, iremos depois definir novos objetivos na competição.
Voltando à adaptação, já conhecia algum jogador desta liga ou foi tudo novidade?
-Não conhecia ninguém. Depois que soube da proposta do Braga, comecei a pesquisar alguns jogadores, comecei a falar com o Roger e o João Vasconcelos. Quando cheguei, conheci mais gente e agora já estou mais adaptado à equipa.
Quais são os seus principais pontos fortes?
-Sou um jogador que quer sempre evoluir e ser cada vez mais completo. Mas as minhas principais qualidades são o passe, jogar entre linhas, finalização e bater livres. Acima de tudo, gosto muito de jogar perto da área adversária.
É um dos mais jovens da equipa, que conselhos lhe tem dado o Custódio?
-O Custódio é um grande treinador. Fala comigo e pede-me paciência, lembrando-me que ainda estou num processo adaptação. Mas faz questão de dizer que tenho um potencial muito grande. É só estar focado e trabalhar bem que as coisas vão dar certo..
Tem visto os jogos da equipa principal, que jogadores mais destaca?
-Bruma e Ricardo Horta foram os que mais gostei. São jogadores diferentes e que têm muita qualidade.
Sente que tem qualidade para atingir esse patamar de jogar na I Liga?
-Qualquer jogador que está na Cidade Desportiva tem esse objetivo, porque quer chegar à equipa principal do Braga. No meu caso, é um objetivo que tenho a longo prazo. Este é o momento em que quero demonstrar o que valho nos bês e, se fizer isso, estarei mais perto de um dia chegar à equipa A. Não ponho demasiada pressão nisso, as coisas vão acontecer naturalmente.
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