Presidente e dirigentes do Marítimo não falaram no início do julgamento por fraude
Arguidos envolvidos num alegado esquema de pagamento a jogadores e treinadores com recurso a paraísos fiscais e fuga ao pagamento de impostos, incluindo contribuições à Segurança Social
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O presidente e outros quatro dirigentes do Marítimo remeteram-se, esta terça-feira, ao silêncio no início do julgamento em que são acusados dos crimes de fraude fiscal qualificada e fraude fiscal contra a Segurança Social, iniciado no Tribunal da Comarca da Madeira.
Neste processo judicial, cujo demandante é o Instituto de Segurança Social, é ainda arguida a própria SAD (Sociedade Anónima Desportivo) do clube verde-rubro madeirense, liderado por Carlos Pereira.
De acordo com a acusação, os arguidos estão envolvidos num alegado esquema de pagamento a jogadores e treinadores com recurso a paraísos fiscais, fugindo ao pagamento dos impostos, incluindo contribuições à Segurança Social.
Os factos constantes da acusação reportam-se ao período compreendido entre 2001 e 2005, estando relacionados com pagamentos de direitos de imagem. O Ministério Público pede uma indemnização civil na ordem dos 2,3 milhões de euros.
O julgamento começou no tribunal da Instância Central, no Funchal, sendo o coletivo presidido pela juíza Teresa Sousa.
Após a identificação, os arguidos informaram o tribunal que não pretendiam prestar declarações, tendo a sessão sido interrompida com reinicio à tarde.
O portal da justiça (Citius) indica que as próximas sessões estão agendadas para quarta e quinta-feira, dias 09 e 23 de fevereiro.