Presidente do Nacional avisa "abutres desempregados": "Não vale a pena..."

Rui Alves, presidente do Nacional, garantiu na segunda-feira que não contempla uma mudança de treinador, apesar de o clube ocupar a penúltima posição da I Liga ao fim de dez jogos (tem um atraso), com os mesmos oito pontos do Arouca (16.º). 

Em declarações ao programa “Prolongamento”, da RTP Madeira, o líder máximo do Nacional vincou o seu apoio a Tiago Margarido e aproveitou para deixar um aviso direto a quem apelida de “abutres desempregados”. 

“Todos aqueles que me conhecem e a forma como dirijo esta situação, muito dificilmente há ruturas, porque os treinadores não são escolhidos a carregar em teclas de computador, resultam de ponderação e análise, talvez até mais do que os jogadores. O Tiago Margarido provavelmente fará este ano e mais um de contrato. Não vale a pena os abutres desempregados estarem a mandar os empresários telefonarem ao presidente, não vale a pena. É melhor esticarem-se para outro campeonato. Não tenho recebido muitos telefonemas porque o assunto termina logo. É à confiança que se constrói o sucesso, não é com ziguezagues, que custam muito dinheiro à instituição e eu tenho de pensar como se fosse o meu dinheiro”, afirmou. 

Volvidas 11 jornadas, o Nacional, que ainda tem um jogo em atraso, caiu, após a derrota frente ao Estrela da Amadora, para um lugar de play-off que deixa a estrutura alvinegra apreensiva.

No entanto, o presidente Rui Alves confirmou a JOGO que o técnico Tiago Margarido está seguro e com a confiança intacta. O treinador, 35 anos, trouxe o clube de volta à I Liga depois de um desempenho notável e que também lhe dá algum crédito.

Nesta época, o cenário é complicado, com apenas duas vitórias (ambas na Choupana) e dois empates, além de seis derrotas, algumas frente a adversários diretos, como são os casos de Estrela, Estoril e Arouca.

Também com a consciência que houve muitas mexidas no plantel, o clube quer dar mais tempo a Margarido.