Presidente do Moreirense já pensa na subida: "A bola é redonda e isto não é matemática"
Presidente do Moreirense assume responsabilidade e ambiciona subida imediata
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O presidente do Moreirense, Vítor Magalhães, assumiu esta quarta-feira a responsabilidade pela descida à II Liga, oito anos depois, mas mostrou-se empenhado em devolver os minhotos ao escalão principal dentro de um ano.
"Temos de nos recompor daquilo que aconteceu. Estamos tristes, mas há que levantar a cabeça e começar já a pensar no futuro. O objetivo passa por montar um plantel que nos permita fazer um campeonato fantástico e tentar subir de divisão. Já toda a gente sabe que o nosso objetivo é esse e não iremos baixar os braços", afiançou, à agência Lusa, o líder máximo do clube, três dias depois da reedição das descidas de 2004/05 e 2012/13.
Os minhotos fecharam a Liga Bwin no 16.º e antepenúltimo lugar, à frente dos condenados Tondela - que suplantaram na 34.ª e última jornada - e Belenenses, mas vacilaram no play-off (derrota por 0-2 fora e vitória 1-0 em casa) frente ao Chaves, terceiro colocado da II Liga, para falharem a 13.ª presença, e nona consecutiva, na elite.
"Não contávamos com esta situação. Tivemos o maior orçamento de sempre, mas andou tudo ao contrário, infelizmente. Agora, há que tentar dar a volta. Que esta temporada nos sirva de lição sobre coisas menos boas, sendo que também houve coisas interessantes. Teremos de manter aquilo que está bem e corrigir aquilo que correu menos bem", notou.
Vítor Magalhães, de 70 anos, confirmou à agência Lusa a saída do treinador Ricardo Sá Pinto, ao qual chegou em janeiro para substituir o luso-angolano Lito Vidigal, que, quatro semanas antes, tinha sucedido a João Henriques.
"A bola é redonda e isto não é matemática. Foi uma época que correu menos bem. Nas últimas duas épocas também tivemos dois ou mais treinadores e fizemos dois oitavos lugares na I Liga. De quem é a culpa? Ninguém foi melhor nem pior. A estrutura e os atletas têm a sua quotazinha, mas a responsabilidade começa no presidente", arrogou.
A descida ao escalão secundário estimulará ajustes em Moreira de Cónegos, que irão passar pela entrada de uma nova equipa técnica e a remodelação do plantel, numa altura em que prosseguem os trabalhos de construção da nova academia do clube.
"Vamos continuar a nossa caminhada, mas não à velocidade que queríamos. Como as coisas correram menos bem, teremos de reduzir a velocidade, mas é para seguir em frente. Temos uma vila desportiva que está a meio e continuaremos com este projeto", assegurou o dirigente, acerca de uma obra que já custou mais de 3,5 milhões de euros.
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