Vontade do técnico é mais forte do que a cláusula de rescisão, fixada nos 10 M€. Dragões oferecem-lhe a possibilidade de continuar a encher a vitrine e ainda de jogar a prova milionária. E com a família por perto.
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Os sucessos alcançados em Portugal fazem de Sérgio Conceição um treinador apetecível além-fronteiras, mas não será qualquer clube a motivar a separação do FC Porto.
Embora o valor da cláusula de rescisão (10 milhões de euros) esteja ao alcance de boa parte das equipas que disputam os principais campeonatos europeus, informações recolhidas por O JOGO indicam que a vontade do treinador passa por continuar a participar na Liga dos Campeões e, como tal, seria preciso outro apurado para o fazer repensar.
Nesta fase, não há muitos emblemas já com lugar garantido na prova no próximo ano com uma vaga no banco. Muito menos com os argumentos dos dragões: a possibilidade de continuar a preencher a vitrine e fazê-lo com a família por perto. De resto, Conceição admitiu ontem, em declarações ao podcast "Expresso da Manhã", que não vai, nem quer, "dar passos muitos grandes", até porque, lembrou, está "num clube que já ganhou a Liga dos Campeões e títulos a nível internacional". "Não posso dizer que ambiciono um clube maior para conquistar esses títulos. Ambiciono, sim, treinar bem, de uma forma determinada, ambiciosa e com muita paixão, para atingir os objetivos do FC Porto neste momento", referiu, mesmo sabendo que "no futebol nunca se sabe o dia de amanhã". "Um dia gostava de ganhar a Liga dos Campeões? Claramente que sim. Se pelo FC Porto ou outro clube? O futuro o dirá. Neste momento sou treinador do FC Porto e farei tudo para conseguir o máximo enquanto aqui estiver, para sermos competitivos em todas as competições. A Liga dos Campeões é uma competição à qual o FC Porto está habituado e que é o lugar onde tem de estar", vincou.
Orgulhoso por ter ajudado o clube azul e branco "a sair do fair-play financeiro e a estar hoje a respirar de outra forma", Sérgio Conceição gostava de o ver estruturar-se para lutar por troféus europeus. Até lá, só pensa em juntar a Taça de Portugal ao campeonato, porque "o título mais apetitoso será sempre o próximo".