"Presença de Edwards no onze acarreta riscos. Defende com os olhos, não ajuda a fechar"
Augusto Inácio vê grandes qualidades com bola no extremo inglês, mas diz que rende mais do lado direito. O ex-dirigente e jogador avalia o atual momento da equipa. Nota quebra de rendimento, fala em alguma falta de sorte também, e realça a importância de vencer para travar uma crise.
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Augusto Inácio tem um passado ligado ao Sporting como jogador (campeão em 1980 e 82), treinador (campeão em 2000) e dirigente. A O JOGO, falou do atual momento e das opções do novo treinador João Pereira, nomeadamente a aposta em Edwards, que foi titular nos últimos três jogos na posição que vinha sendo de Pote.
Sobre a utilização do extremo inglês à esquerda, Inácio começa por dizer que “é uma opção do treinador e ele terá as suas razões”, antes de assumir que teria seguido outro caminho. “No jogo com o Santa Clara teria talvez apostado de início no Harder, mas depois do jogo é sempre fácil dizer o que seria melhor ou pior”, contou, prosseguindo: “Foi uma estratégia do João Pereira que não resultou. Penso que procura que o Edwards faça algumas das coisas que o Pote fazia, mas são jogadores muito diferentes e não rendem o mesmo ali. Para mim o Edwards é muito forte com a bola nos pés, bom a furar defesas muito fechadas, o que até poderia suceder com o Santa Clara, e rende sobretudo do lado direito, na posição onde está o Trincão. É um jogador com capacidade de desequilíbrio no ataque. Mas a sua presença no onze acarreta riscos. Defensivamente só contribui de forma posicional, de resto defende com os olhos, não é um jogador de correr para trás para ganhar duelos e que ajude a fechar.”