"Prefiro um estádio cheio do que um com 327 adeptos, sete policias e três escuteiros"
Carlos Carvalhal promete um Rio Ave "motivado" para a estreia no campeonato diante do recém-promovido Famalicão.
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Carlos Carvalhal garantiu esta quinta-feira um Rio Ave "com grande motivação" para a estreia na I Liga portuguesa de futebol, no duelo de sexta-feira, frente ao recém-promovido Famalicão.
O treinador do Rio Ave admitiu que o adiamento do jogo da jornada inaugural do campeonato, frente ao Vitória de Guimarães, devido a problemas numa das bancadas do Estádio dos Arcos, forçou a algumas mudanças de planos, mas prometeu um Rio Ave "com ambição de vencer".
"Estávamos focados e preparados para fazer esse jogo, com motivação muito grande por termos vencido por 6-1 na Taça da Liga, mas fomos confrontados com uma situação que não controlamos. Procurámos minimizar o impacto, com um jogo-treino que correu bem", afirmou Carlos Carvalhal.
O treinador admitiu que "preferia ter competido" no fim de semana passado, para dar "continuidade ao trabalho que foi feito". "Como não aconteceu, temos de minimizar o impacto, e vamos surgir em Famalicão com a melhor forma possível e com ambição de vencer o jogo", acrescentou.
Sobre o adversário de sexta-feira, Carlos Carvalhal falou "numa boa equipa", orientada pelo "amigo João Pedro Sousa", a quem reconheceu "muita competência".
"É uma equipa bem organizada e bem trabalhada, que começou bem o campeonato com uma vitória frente ao Santa Clara. Penso que vai fazer um bom campeonato e causar alguns estragos aos adversários, porque joga bom futebol", considerou o treinador dos vila-condenses.
Ainda assim, Carlos Carvalhal disse "conhecer bem" este adversário, recordando que na pré-temporada os dois conjuntos se defrontaram. "Nessa altura, o Famalicão venceu [por 2-1] e bem. Mas aprendemos com esse jogo, e agora, num jogo a sério, o nosso grande objetivo é vencer. Mesmo sabendo que será difícil, estamos confiantes", afirmou.
Confrontado com a possibilidade de encontrar um estádio com muitos adeptos adversários em Famalicão, naquele que será o jogo caseiro de regresso, 25 anos depois, dos minhotos ao principal escalão do futebol nacional, Carvalhal garantiu que tal "não será um problema". "Preferimos jogar num estádio cheio, do que num com 327 adeptos, sete policias e três escuteiros", disse, sorridente, o treinador do Rio Ave.
Sobre possíveis ajustes no seu plantel, o treinador do Rio Ave disse estar satisfeito com o grupo que tem, mas lembrou que "até 31 de agosto tudo está em aberto".
"Temos dois jogadores por posição, mas estamos sempre abertos a melhorar o potencial e qualidade do grupo. Continuamos atentos ao mercado e se aparecer uma ou outra situação haverá sempre oportunidade para incorporar um ou dois jogadores", admitiu.