Rúben Amorim, treinador do Braga, fez a antevisão ao encontro da jornada 16 do campeonato com o Tondela.
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A ideia de jogo resiste à novidade e à euforia da goleada no Jamor? "As pessoas vão começar a conhecer este sistema. Vamos continuar a trabalhar nele, sabendo que as equipas vão começar a ter referências dele. Se hoje jogássemos contra o Belenenses, teríamos outros problemas. Nesse dia tudo correu bem e os jogadores sabem perfeitamente disso".
Semana diferente? "A semana de trabalho foi a mesma de sempre. Se calhar esta equipa já teve vitórias mais importantes e marcantes para o clube, nomeadamente na Liga Europa. Foram três pontos com o Belenenses, num dia perfeito. Mas essa vitória foi encarada com normalidade. Esse é o dia-a-dia deste clube. O resultado foi bom, mas ligámos mais ao que temos que melhorar".
Para melhorar: "Alguns movimentos com e sem bola não fizemos tão bem. O resultado ajudou-nos em termos defensivos, mas devemos melhorar em termos de intensidade. O que trabalhámos nesta semana foi entender os momentos do jogo, sabendo que o adversário também vai ter posse de bola. Temos que nos adaptar aos diferentes momentos do jogo".
Tondela: "É uma excelente equipa, principalmente a jogar fora. É a terceira melhor equipa a jogar fora. Em oito jogos, teve quatro vitórias e dois empates. Tem uma boa ideia de jogo na construção de jogo, bons jogadores no meio e nas alas, como o Murillo. Mas não vamos focar-nos muito no adversário. Sabemos que nos vai criar dificuldades idênticas às que nós criámos ao Belenenses no plano tático. Treinámos para todos os cenários possíveis".
A situação de André Horta: "Temos um plantel muito competitivo. Tem um jogador como o André Horta fora da convocatória ou o Wallace no banco espelha precisamente isso. É de realçar a qualidade do plantel quando temos jogadores deste calibre fora da convocatória ou no banco. Mas eles perceberam que podem passar de não convocados a titulares, logo na semana seguinte. O futebol moderno é cada vez mais isso".
A iminente saída de Agbo e a abundância de alas: "Tudo depende do rendimento de cada um. O Galeno, por exemplo, tem umas características, enquanto o Xadas tem outras completamente diferentes. É importante gerir o grupo. O problema é quando não se tem nenhum. É difícil escolher, mas depende mais deles do que de mim e do jogo. É uma felicidade para o Braga ter jogadores desta categoria. Qualquer escolha que faça, parte sempre da minha cabeça".
Plantel desequilibrado: "Cada treinador tem a sua ideia. Em janeiro não se registarão entradas, a manos que surja uma oportunidade de negócio. Temos que equilibrar o número de jogadores para haver competitividade nos treinos e depois nos jogos. Mas é difícil para um jogador manter a motivação quando nunca entra nas contas. Prefiro ir buscar jogadores à equipa B do que deixar jogadores infelizes. Eu se calhar era o que reagia pior quando ficava de fora".
Eduardo: "Foi para a bancada no último jogo até foi meu companheiro na Seleção e no Benfica. Tenho que tomar decisões, mas fico triste por vê-los trabalhar bem nos treinos. Conto com todos. A minha ideia é não recompensar quem não está satisfeito com as minhas escolhas".
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