Praiense continua com o sonho num campeonato "injusto"

É preciso ir além-mar para se encontrar o primeiro clube apurado para o play-off de subida do Campeonato de Portugal. Está na Praia da Vitória, concelho da ilha Terceira, e é o Praiense, equipa que já assegurou a liderança da Série D do CdP.

Marco Monteiro é o presidente dos insulares que assume que o primeiro objetivo da temporada era este, ou seja, chegar ao play-off, embora o dirigente deixe críticas ao formato da prova. "Nós fazemos 34 jogos, tantos quantos fazem as equipas de I e II Liga. Era justo e sensato descerem quatro equipas da II Liga e subirem os quatro líderes das séries do CdP. No play-off pode acontecer muita coisa que pode colocar em causa o excelente trabalho de uma época", disparou.

Alcançado o primeiro propósito, o próximo é colocar a Terceira nos patamares profissionais. "O segundo objetivo é a II Liga. Nasci, cresci e trabalho na Praia da Vitória e tenho um orgulho imenso de ser o presidente do Praiense", sublinha. A promoção esteve muito perto de acontecer há duas épocas, mas o Praiense desperdiçou-a num jogo em casa em que só precisava de empatar com o Fátima.

"Ainda tenho pesadelos com esse jogo. Quando se fala nisso nem me sinto bem. Merecíamos a subida e foi uma injustiça o que nos aconteceu", recorda. Depois disso, os açorianos ainda tornaram a perder na última ronda, acabaram por ir a um play-off de subida/descida contra o Leixões, então na II Liga, onde também foram derrotados.

Só o Santa Clara é que conseguiu colocar o arquipélago no mapa das ligas profissionais, mas o Praiense quer fazer história. "A Madeira, por exemplo, já teve União da Madeira e tem agora Marítimo e Nacional na I Liga. O Santa Clara está - e muito bem - na I Liga, mas é óbvio que nós gostávamos de ser a bandeira da Terceira e do grupo central dos Açores. Aqui trabalha-se muito bem, com compromisso e seriedade, e quanto mais representatividade o arquipélago tiver, melhor será para os Açores", defendeu.