Porro dá vida à ala direita do Sporting e supera Esgaio em vários itens estatísticos
É no plano ofensivo que se acentuam diferenças entre ter o espanhol ou Esgaio. O primeiro supera o luso na comparação de remates, cruzamentos, assistências e dribles
Corpo do artigo
Um traumatismo num joelho, num jogo-treino durante a paragem por causa das seleções, afastou Porro dos três últimos jogos do Sporting (Gil Vicente, Marselha e Santa Clara). Mas, amanhã, diante do Marselha, a "locomotiva" espanhola deve voltar ao onze para dar vida à ala direita.
Esgaio foi o eleito para substituir Porro nos últimos encontros, como já sucedera nas receções ao Chaves (por castigo do espanhol) e Portimonense (opção técnica). Contudo, uma comparação de vários itens estatísticos deixa claro que o futebolista português não tem a mesma pedalada e peso do colega em termos de produção ofensiva.
Sendo certo que esta época nenhum dos alas direitos conseguiu fazer o gosto ao pé - Nuno Santos, à esquerda, já leva quatro golos -, Porro tem procurado com insistência colocar a bola nas redes, contando já 17 remates, contra apenas três de Esgaio, embora com pior pontaria: três enquadrados contra dois. No entanto, com o Tottenham, por exemplo, só uma fabulosa defesa de Lloris o impediu de festejar e foi na sequência do canto que se seguiu que os leões abriram o ativo.
Porro conta com três assistências (uma na Champions, em Frankfurt) contra apenas uma de Esgaio e várias outras ações suas acabariam por resultar em golo, em resultado dos muitos cruzamentos para a área: 42 com 25% de taxa de acerto, contra 14 e apenas 14,2% bem encaminhados do português. Nos passes longos, embora com percentagem inferior de acerto, o espanhol arrisca muito mais que Esgaio na tentativa de lançar o ataque rapidamente.
Abissal, e esse é um dos pontos fundamentais para a aposta de Amorim em Porro, é a diferença no drible. O ex-Manchester City passou pelos adversários em 30 de 42 tentativas e Esgaio só arriscou o drible três vezes, das quais uma resultou! Esta capacidade de fazer a diferença no um para um revela-se não apenas importante junto da área adversária, mas também na saída de bola da defesa em situações de pressão. Daí que, mesmo tendo mais do dobro de perdas de bola, perca percentualmente menos no meio-campo defensivo.