"Porquê Portugal? É o país de alguns dos meus maiores ídolos, como Ronaldo e Nani"
Com raízes gregas e australianas, formação no Olympiacos e a tenacidade de quem quer seguir os passos de Cristiano Ronaldo, Emmanuel Pavlis encontrou em Matosinhos o sítio certo para brilhar
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Quando Emmanuel Pavlis deixou a Grécia em 2021 para rumar a Portugal, trazia consigo mais do que umas chuteiras e sonhos de menino. Na bagagem, carregava uma aspiração feroz de debulhar caminho no competitivo futebol europeu. Jovem, determinado e com um talento em maturação, Pavlis sabia que tinha escolhido a rota certa para se destacar.
O extremo de 21 anos, que faz parte do plantel de sub-23 do Leixões, mas treina com a equipa principal, partilha o seu trajeto até Portugal, a ligação aos bebés do Mar e as ambições para o futuro.
A história do extremo de 21 anos do Leixões começou longe dos relvados portugueses, mas o futebol sempre esteve no centro da sua vida. Nascido na Austrália, filho de pais gregos, amadureceu a navegar entre culturas e continentes. “Cresci a jogar futebol na Austrália, mas mudei-me para a Grécia ainda novo. Passei seis anos nas academias do Olympiacos e joguei na segunda divisão com apenas 17 anos. Foi uma experiência que me ensinou imenso, moldou-me como jogador e pessoa. Mas, quando surgiu a oportunidade de vir para Portugal, sinceramente não hesitei um minuto”, recorda Pavlis.
“Portugal é o país dos meus maiores ídolos, como o Cristiano Ronaldo e o Nani. Cresci a vê-los jogar”
E porquê Portugal? A resposta do extremo a O JOGO mistura admiração e estratégia. “Portugal é o país de alguns dos meus maiores ídolos, como o Cristiano Ronaldo e o Nani. Cresci a vê-los jogar e sempre admirei o estilo do futebol português, muito técnico e rápido. Sabia que vir para cá seria a melhor decisão para o meu desenvolvimento enquanto jogador”, explica.
“O Leixões é um clube histórico. Tem adeptos incríveis e uma cidade que me faz sentir em casa”
Depois de uma passagem pelo Chaves e pelo Pedras Salgadas, Pavlis encontrou no Leixões o espaço ideal para continuar a evoluir. E não esconde o carinho que sente pelo clube e pela cidade de Matosinhos. “O Leixões é um clube histórico. Tem uma base de adeptos incrível e uma cidade que me faz sentir em casa. Aqui, sinto que faço parte de uma grande família. Isso facilita muito a adaptação e o foco no futebol”, diz o extremo, que atua pelos sub-23 do clube, mas também já integra os trabalhos da equipa principal leixonense. “Quero é ter oportunidades de mostrar o meu valor e ajudar este emblema, é isso que desejo”.
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Marco: com 17 anos, o extremo estreou-se na primeira liga grega ao serviço do Apollon Larissa
Olhando para o futuro, Pavlis sonha alto, mas mantém o foco em consolidar uma posição no Leixões. “Estou a treinar com a equipa principal e sinto-me bem. Tenho objetivos a longo prazo, claro, como jogar em grandes palcos e representar a Austrália ou a Grécia. Mas o mais importante agora é o Leixões. Quero afirmar-me na equipa principal, ser uma peça importante para o clube e continuar a evoluir”, afirma.
Cristiano alimentou o sonho
Se há um nome que marcou a vida de Emmanuel Pavlis é o de Cristiano Ronaldo. Desde pequeno, o extremo acompanhou a carreira do internacional português com uma admiração que ainda hoje o motiva.
“Na Austrália, os jogos da Europa davam às 2 ou 3 da manhã. Eu punha o despertador para acordar e ver o Ronaldo jogar. Depois, no recreio da escola, tentava imitá-lo. Mostrou que, com esforço, tudo é possível. Quero ser como ele, um jogador que as pessoas querem ver, que faz a diferença, que entusiasma tudo e todos”, conclui.