Segundo o dirigente, foram os argumentos financeiros do clube de Cristiano Ronaldo e Luís Castro que convenceram o médio de 28 anos a procurar a transferência,
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O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, explicou o processo que levou à saída de Otávio para o árabe Al Nassr, revelando que cedeu à vontade do futebolista, perante as condições salariais superiores que lhe foram oferecidas.
"Nós fizemos uma adenda dos direitos do Otávio para a Arábia Saudita, o clube do Ronaldo [Al Nassr], todos sabemos que o jogador poderia ter saído por 40 milhões, não foi porque eu não deixei. Depois surgiu uma oferta de 60 milhões que eu não aceitei porque eu não queria, mas num dia em que o treinador [Sérgio Conceição] nem estava - tinha sido sujeito a uma operação - o Otávio veio ter comigo no centro de treinos, a chorar, a dizer que não o podia prejudicar", revelou na conferência Thinking Football Summit, onde esteve acompanhado de várias figuras do universo portista, entre as quais Sérgio Conceição.
Segundo o dirigente, foram os argumentos financeiros do clube de Cristiano Ronaldo e Luís Castro que convenceram o médio de 28 anos a procurar a transferência, ele que estava ligado aos dragões desde 2014.
"Disse que era a oportunidade da vida dele, aos 28 anos, e que iria ganhar qualquer coisa como 45 milhões em três anos, sem impostos. Achei que, perante o que disse, e por aquilo que lhe tinha prometido quando assinou, de que não lhe "cortaria as pernas", decidi que o iria deixar sair", concretizou.
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Perante as suspeitas, que, segundo Pinto da Costa, foram plantadas "por alguma comunicação social", relativas à concretização do negócio e à percentagem do passe que estaria na posse do banco brasileiro BMG, o presidente explicou os moldes em que a transferência ocorreu.
"Obviamente que tínhamos parceiros, nomeadamente um banco brasileiro com uma grande percentagem do passe, e falei com o presidente e disse que não aceitava. Que eles não tinham feito nada pela renovação e que iam receber uma pipa de massa, portanto não. E eles iriam perder tudo. Foi bom para todas as partes, tentámos receber o mais possível, não tínhamos condições para manter o jogador naquele estado psicológico e o banco, perante a escolha entre receber zero ou 12,5 milhões, optou. Eu não sei se a Polícia Judiciária já está no Brasil, mas se sim, que voltem para trás", ironizou o dirigente.
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