O Sporting é o que remata menos, dos quatro primeiros da Liga NOS, mas os seus tiros levam melhor pontaria.
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O Sporting vive época de sonho com a liderança isolada e a Liga NOS a aproximar-se do fim, e são vários os fatores que explicam a classificação, para muitos surpreendente quando a época deu o seu pontapé de saída.
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A eficácia defensiva salta à vista de toda a gente, com a equipa verde e branca a bater marcas com a defesa menos batida, de longe, com apenas onze golos sofridos (a seguir surge o Benfica, com 17). E se o ataque não é o mais produtivo do campeonato (o FC Porto tem mais golos marcados), é pelo menos o mais afinado, pois é o que precisa de menos remates à baliza para conseguir marcar. O leão tem poucos remates comparando com a concorrência... mas bons, fruto de disparos de alta precisão.
Dos quatro da frente e que estão na corrida pelo título, o FC Porto é o que remata mais na Liga NOS e o que acerta mais vezes na baliza, pelo que se compreende que seja o que tem mais golos marcados. No entanto, do total de remates efetuados (282), o Sporting é o que tem maior percentagem de disparos na direção da baliza (43,26%), e o que precisa de menos remates à baliza para marcar um golo (marca a cada 2,31 remates à baliza, somando ao fim de 23 jornadas, 45 golos).
O jogo em que o Sporting entrou com as garras mais afiadas foi contra o Tondela na primeira volta, tendo somado os máximos de 26 remates e 15 deles no alvo. Só em remates à baliza, o mencionado encontro com o Tondela (1.ª volta) supera os cinco últimos (Tondela, Santa Clara, FC Porto, Portimonense e Paços de Ferreira 14), e em remates totais, supera os três últimos (FC Porto, Santa Clara e Tondela 20).
Leão bateu mínimos no Dragão... e saiu a ganhar
O jogo em que os leões foram mais inofensivos foi no clássico do Estádio do Dragão, contra o FC Porto, o encontro com menos disparos e o único da Liga NOS até agora em que o Sporting não alvejou a baliza rival. Foi uma questão de estratégia e gestão do jogo, controlo da pontuação na Liga NOS, e na balança o leão... saiu a ganhar.
Analisando os jogos já disputados na prova contra a concorrência, quatro (dois contra o FC Porto, e um contra Braga e Benfica), o Sporting soma 29 remates (7,25 por jogo) dos quais 10 foram à baliza (34,48%), números bem abaixo da média global na Liga NOS. Mas, a jogar estrategicamente pelo seguro nos jogos mais importantes, os confrontos diretos, até agora desses dez tiros à baliza, metade foram golo: cinco (um em cada dois). Ou seja, o leão, uma máquina já de por si afinada, surge ao estilo sniper, com alta precisão e mira ainda mais afinada, quando é a doer. Pote, com 15 golos, lidera os goleadores da Liga NOS, e é decisivo para estes números.