
Trofense venceu a última edição do Campeonato de Portugal
Fernando Fontes/Global Imagens
Competição desceu um degrau na hierarquia do futebol português, mas não perde o interesse. Não faltam históricos como Tirsense, Salgueiros, Espinho e o regresso do Belenenses aos nacionais.
Arranca este domingo o Campeonato de Portugal, também conhecido como campeonato das oportunidades, ou do povo.
Por um lado, porque são às dezenas os jogadores que deram o salto à boleira de boas temporadas no CdP - e já lá vamos - e, por outro, porque a prova continua a deter o estatuto de maior e, por consequência, mais geograficamente abrangente do país.
No entanto, 2021/22 marca o arranque de uma nova era para o CdP. A criação da Liga 3, posicionada atrás da II Liga, empurrou o CdP para o quarto escalão do futebol nacional, um pouco à semelhança da extinta III Divisão, que estava abaixo da II Divisão B. Para começar, a competição tem agora 63 equipas, ao invés das 96 da época anterior, divididas por seis séries (antes eram oito): uma de onze equipas e as restantes de dez. Os dois primeiros classificados apuram-se para a etapa de subida, dividida em zona norte e sul, com seis emblemas cada. Aí, sobem à Liga 3 os dois primeiros de cada agrupamento. Voltando atrás, os conjuntos que não se apurarem para a fase de subida vão disputar a permanência/descida, distribuídos por nove séries de quatro equipas e três de cinco clubes. Os dois primeiros garantem a permanência e os demais caem para os Distritais.
Históricos e investimentos na luta pela Liga 3
Ainda que a primeira frase tenha os mais fortes candidatos à subida repartidos pelas diversas séries, a luta pela promoção promete ser titânica ao longo da temporada. Na série A, Marítimo B, Vilaverdense e Merelinense perfilam-se com objetivos ambiciosos. Na B, Berço, Amarante e Paredes fizeram épocas regulares em 2020/21 e ainda há a ter em conta o Tirsense, histórico que investiu com o intuito de chegar à Liga 3. A norte, a série C é uma constelação de equipas com passado na I Liga e todas com altos objetivos: Leça, Espinho e Salgueiros, aos quais se somam Valadares e Gondomar. Na série D, o Marinhense promete dar cartas, com Praiense, Condeixa e Fontinhas à perna. Já a sul, destaque para o regresso do Belenenses aos nacionais e os azuis não querem ficar por aqui, mas o Sintrense também deve ser tido em conta. Por último, o Olhanense é o peso pesado da série H.
Três são os jogadores que deram o salto do CdP para a Liga Bwin: Nuno Moreira e Tomás Silva deixaram o Sporting B e foram para o Vizela, enquanto Elder Santana saltou do Gil Vicente para a Sanjoanense. No entanto, o V. Guimarães também já promoveu, esta temporada, vários elementos da equipa B, como Tomás Handel, Gui e Herculano. A II Liga é um cliente ainda melhor do CdP.
Uma data de nomes conhecidos de outros palcos
O que têm em comum, para os incluir numa mesma lista, jogadores como Diogo Valente e Cícero (Salgueiros), Betinho (Espinho), Diogo Cunha (Valadares), Rabiola (Vila Meã), Coelho (Mirandela), Tiago Valente e Pedro Queirós (Tirsense)? Todos jogam no Campeonato de Portugal, claro está, mas também têm passado de I Liga e são alguns dos exemplos da experiência existente na prova. Curiosamente, são sobretudo candidatos à subida que têm nomes destes no respetivo plantel.
As séries do Campeonato de Portugal:
Série A
Camacha
Câmara de Lobos
Forjães
Pedras Salgadas
Limianos
Vilaverdense
Maria da Fonte
Marítimo B
Merelinense
União da Madeira
Vianense
Série B
Amarante
São Martinho
Berço
Santa Marta
Macedo de Cavaleiros
Mirandela
Tirsense
Paredes
Vila Meã
Vila Real
Série C
Castro Daire
Alvarenga
Gouveia
Ferreira de Aves
Gondomar
Leça
Espinho
Salgueiros
União 1919
Valadares
Série D
Oleiros
BC Branco
Condeixa
Fontinhas
Idanhense
Marinhense
Peniche
Praiense
Sertanense
Sernache
Série E
Belenenses
Coruchense
Loures
O Elvas
Operário Lagoa
Pêro Pinheiro
Rabo de Peixe
Sacavenense
Ideal
Sintrense
Série F
Barreirense
E. Lagos
Imortal
Juventude Évora
Louletano
Moncarapachense
Olhanense
Pinhalnovense
Serpa
U. Montemor
