Ainda não foi titular esta época, nunca completou mais que meia hora, mas até final do ano ainda há mais cinco jogos onde o 20 pode mostrar serviço, nomeadamente as taças, de Portugal e a da Liga
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Gonzalo Plata tem dezembro para mostrar a Rúben Amorim que merece um lugar no plantel do Sporting, depois de três meses sem grande projeção, nos treinos, mas também nos jogos, acumulando ainda o infortúnio de ter sido infetado com a covid-19 recentemente, na seleção do Equador, mesmo que não tenha tomado todos os cuidados depois dos primeiros casos na "Tri".
Na quarta-feira, o extremo deu o primeiro passo neste novo capítulo, integrando pela primeira vez as sessões de trabalho da equipa principal desde que contraiu o coronavírus (testou negativo na terça-feira) e aparecendo no relvado da ala profissional de sorriso no rosto e com o compromisso de mudar um arranque de temporada aquém das expectativas, pessoais e do clube.
É verdade que a concorrência à frente é forte, ainda mais se tivermos em conta os momentos de forma dos reforços Pote e Nuno Santos, mas também facto é que todos partiram do mesmo patamar, dado que o técnico dos leões não olha a nomes - nem idades - na hora de escolher as suas opções.
O ano passado passou por situação idêntica, mas golo ao Portimonense na Taça da Liga levou a que ficasse no plantel, então às ordens de Silas. Passou a ser aposta regular
Chegados a dezembro, Plata participou em menos de metade dos jogos oficiais que os verdes e brancos realizaram em 2020/21 (cinco em 11), nunca foi titular e o máximo que jogou foram cerca de 30 minutos no clássico diante do FC Porto, em Alvalade, na jornada 4 do campeonato, realizada a 17 de outubro.
O contexto, apurou O JOGO, deixa o jovem futebolista, de apenas 20 anos e com necessidade de atuar com regularidade, mais perto de uma possível cedência no mercado de janeiro, mas ao mesmo tempo o canhoto que atua à direita sente que pode crescer com Rúben Amorim, prometendo-lhe empenho total para entrar nos cinco jogos que o Sporting vai fazer antes de entrar em 2021, três para o campeonato e mais dois nas duas taças internas.
E tudo mudou no Algarve...
Na época passada, mas sob o comando de outros treinadores (Marcel Keizer, Leonel Pontes e, no fim, Silas), Plata passou por idêntica situação: pouco foi utilizado na primeira parte da época e em dezembro, quando tudo parecia apontar para uma cedência, chegou a Portimão, em jogo decisivo da Taça da Liga, e apontou o 3-2 que concretizou a reviravolta dos leões (o 4-2 final para o Sporting chegou... aos 0-2).
O primeiro golo dessa época acabou, então, por ser determinante não só para a qualificação da equipa rumo à final four da Taça da Liga, mas também para a permanência do equatoriano, que a partir daí começou a aparecer com maior regularidade. Agora, há novas chances, no campeonato, sim, mas também... na Taça da Liga, onde o leão se baterá com o Mafra (dia 15). O Paços joga em Alvalade na prova rainha quatro dias antes.
Resgate de remanescente não é prioridade da SAD
Contratado aos equatorianos do Independiente del Valle em janeiro de 2019, Plata custou, fora comissões, 1,075 milhões de euros aos cofres da SAD, que na altura só asseguraram metade do passe do extremo. Hoje, as prioridades são outras e mesmo tendo o remanescente em vista, a sociedade não vai avançar no imediato.