Plano é "vingar fora de Portugal", mas Rodrigo Conceição "gostava de voltar ao FC Porto"
ENTREVISTA, PARTE II - Internacional sub-21 português garante que os portistas não viram o verdadeiro Rodrigo Conceição. Apesar de ter deixado o Estádio do Dragão no final da época 2022/23, o lateral-direito garante que continua a torcer pelos dragões, deixando ainda elogios a João Mário e a Martim Fernandes.
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Rodrigo Conceição esteve ligado contratualmente ao FC Porto entre 2020 e 2023, tendo passado primeiro pela equipa B. Depois, esteve emprestado ao Moreirense e regressou ao Dragão para realizar 25 jogos pela equipa principal, em 2022/23, antes de sair para o Zurique. O lateral-direito saiu, mas não esconde que gostava de voltar para mostrar o real valor.
O que espera desta época do FC Porto?
-Desejo ao FC Porto que continue o seu caminho e que faça o melhor possível no campeonato. Não é fácil, porque estão três grandes equipas a lutar pelo título. Desejo o melhor ao FC Porto, como é óbvio.
Gostava de voltar ao FC Porto?
-Sinceramente, gostava, porque os adeptos e sócios do FC Porto não viram o verdadeiro Rodrigo Conceição. Gostava que vissem, porque tenho capacidade para ser dos melhores laterais do FC Porto.
Falando de jogadores que atuam na sua posição, considera positiva a época de João Mário?
-O João tem todas as qualidades para chegar ao mais alto nível. Já está num grande nível, no FC Porto, mas tem qualidades para estar num nível superior. Tecnicamente, é muito forte, rápido; defensivamente, melhorou muito e ofensivamente é o jogador que é. Se ele adormecer um bocadinho acaba por perder o lugar para o miúdo, o Martim, que tem qualidade; seria uma pena, porque o João é um dos melhores laterais da I Liga, talvez mesmo o melhor lateral-direito. Partilhei o balneário com ele no FC Porto e na Seleção de sub-21 e não foi fácil esta luta entre nós os dois durante aquele ano, mas foi interessante, e ele superou-se. Fez, realmente, jogos incríveis e decidiu alguns deles no FC Porto.
E está surpreendido com a época que Martim Fernandes está a fazer?
-O Martim surpreendeu-me pela positiva. Não estava à espera de uma evolução tão rápida nestes últimos dois anos. Lembro-me de ir à equipa B fazer alguns jogos e sentia que tinha algumas fragilidades. Era um miúdo ainda um bocadinho verde, mas surpreendeu-me muito neste último ano, não só pela forma como evoluiu, mas também por estar mais adulto no jogo. Fico feliz por ele, porque realmente evoluiu.
O plano é “vingar fora”
Apostado em dar o salto, lateral não rejeitaria voltar a Portugal, mas só para os cinco grandes
Rodrigo assumiu que teve contactos e projeta-se ainda a jogar brevemente numa das cinco principais ligas europeias. Ultrapassada a lesão num joelho, volta a dar cartas no Zurique.
Como está a correr a época no Zurique?
-Depois da pequena lesão que tive no joelho direito, no final da época passada, as coisas estão a correr bem. Joguei lesionado durante alguns meses, mas chegou um momento em que já não conseguia mais. Agora sinto-me a 100 por cento e tenho sido titular. O Zurique é um dos maiores clubes da Suíça, luta sempre pelo título nacional, pela Taça da Suíça e tenta ir às competições europeias. Estou a gostar muito de jogar aqui, mas o meu objetivo é chegar a outro patamar. Vamos ver se conseguimos acabar a época em grande e fazer uma boa transferência.
Espera uma mudança para onde?
-Falo das “Big Five”, as cinco principais ligas europeias. Revejo-me mais nas ligas espanhola, italiana e francesa.
O regresso ao futebol português está fora de questão?
-Não está fora de questão, mas depende... Gosto muito de ganhar, e para ir para um clube de futebol português, tinha de ser um dos três grandes, Braga ou V. Guimarães. Se surgisse a oportunidade, poderia pensar nisso, mas o meu foco é vingar fora de Portugal e fazer uma carreira. Aquilo que mais desejo é singrar nas melhores ligas do mundo.