Brasileiro percebeu que precisava de ganhar massa muscular e explosão para corresponder à exigência do futebol europeu. Nunca perdeu o espírito positivo e está a ser fundamental para a integração de Pepê.
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Depois de marcar no triunfo do FC Porto em casa do Sporting, Evanilson ficou a quatro golos dos 20 que traçara como meta para esta época, mas as circunstâncias mudaram, muito à custa de um dedicado trabalho extra.
O avançado foi desafiado pelo seu círculo pessoal a subir a fasquia até aos 25, quando ainda faltam praticamente três meses de competição.
Se Evanilson não imaginava um percurso tão positivo ou se simplesmente quis ser prudente quando definiu objetivos individuais, só o próprio poderá esclarecer, mas O JOGO sabe que o brasileiro de 22 anos está a recolher os frutos do esforço e da disciplina empregues num plano que já vem da temporada anterior.
Concertado com vários departamentos de acompanhamento ao plantel, o clube construiu-lhe um plano de treino com vista, entre outras coisas, ao ganho de massa muscular, num crescimento que até é visível para quem estiver atento. Muito rigoroso em todos os pormenores para lá do jogo e do treino, o ponta-de-lança seguiu à risca outra parte essencial do plano, uma dieta afinada ao detalhe. De resto, foi tudo menos difícil convencer Evanilson e explicar-lhe a importância destas etapas, porque o avançado percebeu rapidamente que tinha de dar um salto nos índices físicos para corresponder às obrigações do futebol europeu - precisava de reforçar atributos que já eram um bom ponto de partida, como velocidade, explosão e capacidade de choque. Paralelamente, o brasileiro tem um historial praticamente limpo de lesões desde que chegou ao FC Porto, que não é o primeiro clube do velho continente no currículo do camisola 30, mas cuja exigência é incomparável ao da curta experiência no Samorin (emprestado), da Eslováquia. Foi em 2018, poucos meses depois do falecimento da mãe, que quase fez Evanilson desistir do futebol.
Paciente e um grande aliado de Pepê
A primeira época de azul e branco foi sobretudo de adaptação. Rendeu quatro golos na equipa principal e seis na equipa B, numa etapa que o avançado encarou com o espírito positivo que todos no plantel lhe reconhecem. Evanilson não desanimou e ainda ganhou forças com a entrada na paternidade, mesmo quando veio a nova temporada e os minutos continuavam a ser poucos - na primeira visita a Alvalade, por exemplo, em setembro, nem sequer esteve sentado no banco. Um mês depois, saltou para a titularidade para de lá não voltar a sair e começar a acumular golos, além de contar de três assistências. Pelo meio, ainda se mostrou fundamental na adaptação do compatriota Pepê, desde as boleias para o Olival, até aos conselhos de quem já tinha passado por desafios semelhantes.
De volta ao ponto de partida, Evanilson viu em Alvalade um jogo "difícil, apertado e muito disputado", que resultou numa "vitória muito significativa", mas que nada decide. "Foi apenas a primeira partida. Precisamos de entrar totalmente concentrados no segundo jogo. Até lá, temos jogos importantes para o campeonato e Liga Europa", afirmou o avançado, em declarações reproduzidas pela sua assessoria de Imprensa.