Miguel Pinto Lisboa garantiu, numa entrevista à Rádio Santiago, que em janeiro não foi "negociar de cócoras" e que o Vitória "não está à beira do abismo como muitos falam"
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Candidato pela lista C, intitulada "Um Vitória de todos", Miguel Pinto Lisboa deu uma entrevista esta quinta-feira à Rádio Santiago, onde anunciou, por exemplo, a redução de custos com o pessoal no valor de 2,4 milhões de euros no mercado de janeiro.
O que de bom feito para se recandidatar e pretender um mandato de estabilidade?
"Dois anos e meio é um período muito curto para se desenvolver um projeto. Entendemos também que neste período lançámos algumas sementes do que entendemos que deve ser o futuro do Vitória e foi isso que fizemos neste primeiro mandato. Apesar de termos sido confrontados com um contexto económico e social inesperado, atuámos sempre de acordo com o programa com que nos tínhamos apresentado aos vitorianos, tentando cumprir com o compromisso que nos tinha levado a vencer as eleições em 2019. Do ponto de vista desportivo, fizemos uma aposta forte na formação, profissionalizámos as equipas técnicas da formação e isso tem vindo a dar resultados mensuráveis. Temos 27 atletas da formação nas seleções e 15 que atingiram a equipa principal do Vitória Sport Clube".
A poucos dias das eleições, o cenário do ponto de vista desportivo não é favorável?
"Conjunturalmente, a situação desportiva não é favorável à minha recandidatura. Mas o que eu entendo é que num processo eleitoral não devemos discutir a conjuntura atual, devemos discutir, propor, apresentar e mostrar capacidade de concretizar mudanças estruturais importantes para o futuro do Vitória. O que propusemos foi criar condições estruturais para que o Vitória tivesse um sucesso de forma consistente. Procurámos um sucesso consistente. As conjunturas terão sempre o seu impacto. Se queremos ter sucesso temos de procurar estabilidade. Desde 1998 que o Vitória não tem dois top 5 consecutivos na Liga portuguesa. A falta de estabilidade causa instabilidade de resultados. Não estamos satisfeitos, é um ponto que não estamos a conseguir, mas consideramos que lançamos as bases e a semente para que possamos atingi-lo de forma consistente no futuro".
Situação financeira controlada
"O Vitória não está à beira do abismo como muitos falam, a teoria do caos connosco não colhe. Nós estamos aqui, de forma firme e convicta, para resolver os problemas. O Vitória não é para quem se assusta com as contas. Quem se assusta com as contas ou quem tem dúvidas sobre o Vitória não pode ser presidente do Vitória. A situação está controlada. As contas foram reprovadas por alguns associados em Assembleia Geral e esse é um tema político, os capitais do clube são positivos".
Resultados desportivos
"Os resultados vão surgir, pode não ser de imediato, e se tivermos um parceiro estratégico, vai alavancar e agilizar o aparecimento das estruturas formativas - uma nova academia -, mas também os resultados desportivos".
Redução de custos em janeiro
"Conseguimos uma redução de custos com o pessoal, na última janela de mercado de 2,4 milhões de euros. As propostas financeiras dos outros candidatos são de algum modo confusas e contraditórias face a algumas posições que tomaram anteriormente. Independentemente dos erros que cometemos e de algum desvio nos resultados desportivo, demonstramos um compromisso aos vitorianos que permite atingir os objetivos."
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