Pinto da Costa: "W52-FC Porto? Não interferimos se o ciclista come frango, batatas ou bacalhau"
Declarações do atual presidente do FC Porto em entrevista concedida à Rádio Renascença
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Pinto da Costa, atual presidente do FC Porto e candidato às eleições agendadas para 27 de abril, em entrevista à Rádio Renascença, foi questionado sobre se se sentiu traído no processo de doping.
"Senti-me traído como se sentiram os responsáveis. O FC Porto tinha uma parceria com a W52, onde toda a atividade e gestão desportiva pertencia à W52. O FC Porto dava a autorização para as camisolas e isso levou a que uma multidão, mesmo multidão, passasse a acompanhar os ciclistas. Mas não tivemos nunca qualquer intervenção em nada. E os responsáveis da W52 também não. Agora, foram apanhados alguns ciclistas que tinham tomado substâncias proibidas pelo antidoping. Foram apanhados, foram suspensos", começou por dizer.
"Ciclistas e diretores envolvidos? Foi o treinador. Duvido muito que, se fizessem as mesmas análises e as mesmas coisas ao pelotão, a maioria não estivesse [dopada], porque era um mau hábito que todos de um modo geral tinham, de tomar substâncias que, não sendo propriamente doping, estavam proibidas. O FC Porto foi um alvo escolhido por alguma comunicação social. Por exemplo, toda a gente sabe que o FC Porto não tem nada a ver, quem escolhe treinador, médico, ciclistas, tudo, não interferimos em nada. Portanto, não interferimos se o ciclista come frango, batatas ou bacalhau. Não temos nada com isso. Mas, mesmo sabendo isso, há televisões que quando punham W52, aparecia a minha fotografia, como se eu fosse ciclista", disse ainda.