Pinto da Costa visa Villas-Boas: "Nem se atreveu a mostrar aquilo, porque não passam lá os carros?"
Entrevista de Pinto da Costa ao Porto Canal, esta quinta-feira
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Importância de Gaspar Borges: “Sabendo da nossa vontade, tinha na Maia, junto à autoestrada, 9 hectares do terreno que eram dele e sabia que os outros outros 14 que confinados com os dele eram da Câmara da Maia. Chegámos a um acordo com ele e fizemos logo um contrato promessa da compra de terrenos, que seriam concretizados se conseguissemos comprar os outros 14. Conseguimos ao fim de muita coisa, muitos travões, queixas anónimas, depois era por causa dos arqueólogos que desconfiavam que estava lá o esqueleto de uma mosca que tinha 200 anos. Aquilo chegou a parar 24 horas, mas no dia seguinte estavam a trabalhar. Como chegamos a acordo com a Câmara, já fizemos o contrato definitivo da compra dos terrenos do Senhor Gaspar Borges e da Câmara. Portanto, já estão a trabalhar. Os trabalhos feitos são no terrenos do Senhor Gaspar Borges. Começou por ali, mas vai tudo a eito. Vamos fazer uma academia que tem 10 campos de futebol, um estádio para mais de duas mil pessoas, que tem um hotel onde podem estar a pernoitar 140 jovens, um pavilhão para refeições onde podem ser servidas simultaneamente 500 refeições e 800 por dias, onde vamos ter um posto médio em que não vai faltar nada, em que vamos ter outras coisas de lazer, eu pergunto: mas isto é de deitar fora? Isto é de parar porque vai haver eleições e há um individuo que diz que tem no Olival e nem se atreveu a mostrar aquilo ninguém, porque não passam lá os carros? Eu ia parar com uma coisa destas para depois a Câmara ou o Senhor Gaspar mudarem de ideias e dizerem: olhe, agora não quero. Não. Foi feito agora, porque não pôde ser feito há uma semana”
Tempo para o sonho ser concretizado: “Este projeto iniciou-se no mandato que prometi. Porque o meu mandato acaba no dia que o presidente da MAG der posse a uma nova direção, seja comigo ou outra. Cumpri a minha promessa. Não ia parar ou esperar porque alguém me apresenta uma coisa irrealista e compra um terreno a um amigo e que agora é dele.... Isso é brincadeira. E o FC Porto não é para brincadeiras. Por isso, fi-lo. E se não tivesse feito há dias, fazia-o hoje ou amanhã, porque esta academia é fundamental para nos pormos em igualdade com os trunfos que os outros têm.”
Projeto chega tarde: “Chega tarde, mas chegou quando foi possível. Em Matosinhos tivemos aquilo praticamente concretizado e depois não foi possível. Vem um miúdo de Vila Real ou de Águeda e não temos condições para os hospedar. Não é possível. Por isso os outros levaram muito jogadores, que optam por quem tem condições. A partir do momento em que esteja pronto, e será em dois anos, não há dúvida nenhuma de que vamos ter muito mais possibilidades de selecionar os talentos”.
Outras instalações: “Não tenho na ideia, já estamos a trabalhar. Não é promessa, porque só quando as coisas estão feitas é que estão. Tenho um sítio excelente, e um sonho também deste, do Estádio do Dragão, do Dragão Arena, do Museu, tenho o sonho de ter um novo pavilhão para as modalidades. Data? É quando acordar”