Pinto da Costa sobre títulos do FC Porto: "É só lembrar o que foi o Feirense-Benfica"
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, comentou o momento do clube e falou sobre a recandidatura à presidência do clube.
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38 anos? Tempo a mais?
"Depende, se as pessoas acharem que o resumo não é bom, são anos a mais, se entenderem que pode ser garantia de continuarmos na senda do sucesso, podem achar que ainda podem vir mais anos. Vi num programa de um candidato [Rio] "Mudar para ganhar". Mudar, só se for para perder."
FC Porto não ganhou tanto nos últimos anos:
"É um momento infeliz para dizer isso. A equipa de futebol é líder, está apurada para a final da Taça... dizer isso é quase um voto de desconfiança à nossa equipa e treinador. Tem de se deixar estar como está para ganhar, porque nenhum outro clube depende apenas de si para ganhar. Ontem vi um dos candidatos atirar-se ao Benfica porque nós permitimos que ganhem da forma que ganham, falam em toupeiras... é uma incoerência depois criticarem erros de gestão, porque afinal de contas eles mesmos dizem que os campeonatos não se ganharam por esse facto. Se calhar têm razão. Não fosse isto e estávamos a lutar pelo tricampeonato.
Só perdeu por causa disso?
"Fundamentalmente só. Não tenho a mínima dúvida. É só lembrar o que foi o Feirense-Benfica, Rio Ave, Braga. É só fazer contas."
Muita rotação de jogadores:
"Rúben Neves na altura não era titular do FC Porto e saiu por 18 milhões, Era um jovem da formação. Bernardo Silva saiu por menos e aí foi uma excelente jogada."
Alguns foram contratados e não serviram para o plantel:
"Não foi a primeira vez. Lembro-me de acontecer no tempo do Bobby Robson."
Desacertos demasiados?
"A minha direção, este ano, habituou os portistas a trazer Marchesin, Nakajima, Luis Diaz e Zé Luis. Nenhum foi um falhanço. São excelentes jogadores e têm mercado, estão mais valorizados. Agora, qualquer que me peça 6,2 milhões, não renovo. O futebol português não tem essa capacidade."