Declarações de Manuel Pizarro, ex-ministro da Saúde e candidato do Partido Socialista às eleições autárquicas da Câmara do Porto, à margem do velório de Pinto da Costa
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Primeira reação: “É um dia triste, mas que temos de obrigação de comemorar, como sempre pediu que o comemorássemos: lembrando todo o imenso percurso que o FC Porto fez sob a sua liderança, mas também a afirmação dos valores da cidade, da região, porque Pinto da Costa conseguiu combinar essa qualidade de dirigente desportivo inigualável, com a sua presença como voz ativa da região e da cidade. Sempre disse que a mãe e a avó o tinham ensinado a amar o Porto. E ele foi um protagonismo disso.”
Perda de Pinto da Costa: “Sinto hoje a perda de alguém de quem era admirador e amigo. Mas o mais relevante de tudo é que, enquanto alguém se lembrar de uma pessoa, essa pessoa estará viva. Tenho a certeza que vão haver muitos milhares de pessoa que durante muitos anos se vão lembrar dele. Ele era um exemplo e os valores que defendia para o FC Porto, trabalho, rigor, competência e paixão, são belos para inspirar qualquer ação”.
Memórias de Pinto da Costa: “Guardo memórias dos sucessos do FC Porto que vivemos em conjunto, a sua generosidade, o seu espírito solidário. A verdadeira alegria dele era que todas as pessoas pudessem viver uma enorme alegria com as vitórias do FC Porto, mesmo os que viviam com dificuldades. Recordo a generosidade que tinha para com os amigos”.
Pinto da Costa confundir-se com clube e cidade: “Sem nenhuma dúvida. Para uma geração de portistas, o Pinto da Costa é o líder incontestado e a imagem do FC Porto. Claro que o FC Porto continua para além dele e temos de continuar esse legado que nos deixou”.
Conversas com Pinto da Costa: “Falava com ele regularmente. Falei com ele recentemente e fico a admirar ainda mais a coragem. Ele sabia bem a gravidade da doença que o tinha atingido e nem o sentido de humor perdeu. Até ao fim foi capaz, enquanto pôde, de deixar uma mensagem de tranquilidade e perseverança para o futuro.”