Pinto da Costa responde a Vieira: "Não digo que mentiu, porque pode estar com lapsos de memória"
Pinto da Costa respondeu à recente entrevista de Luís Filipe Vieira em que o presidente do Benfica fala do corte de relações com o FC Porto em 2015
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A entrevista de Luís Filipe Vieira: "Não vi o programa, as depois disseram-me e fui ver dois dias depois. Achei interessante essa entrevista ter sido feita num programa de debate com um moderador e três representantes, um de cada cube. E curiosamente apareceu o Luís Filipe Vieira como entrevistado num programa que não tem entrevistas. Nem a Benfica TV teve lata de levar o Luís Filipe Vieira a dar uma entrevista. Senão teria de levar os outros candidatos. A RTP talvez não tenha problemas de ética, porque são os portugueses que pagam. Foi importante, porque assim até dentro do Benfica estão a verificar aquilo que é a minha luta: que não há isenção em muitos órgãos de comunicação social, nomeadamente a RTP, que é paga por todos nós. Num período eleitoral leva-se a um programa um dos candidatos, que por acaso é o atual presidente, ignorando os outros... até esses candidatos verificaram que eu tenho razão. Na comunicação social, não em toda, não há isenção. Não me compete discutir as eleições do Benfica, ao contrário do presidente do Benfica que foi sócio do FC Porto durante dois anos, eu nunca tive nada a ver com o Benfica."
O corte de relações: "Houve uma preferência nitidamente por um candidato. Já para não falar no teor da entrevista. Em relação ao que disse sobre o nosso corte de relações, faltou à verdade e só não digo que mentiu porque pode estar com lapsos de memória, porque está a atravessar um período complicado."
A reunião com Vieira na Quinta das Lágrimas: "Telefonei ao Antero Henrique e disse que era tudo mentira, que não tinha pés nem cabeça. Aquela reunião que tivemos que ele mencionou, eu, o presidente do Benfica, o presidente do Sporting, o do Braga e o do V. Guimarães e o Antero, foi na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Propício para quem quisesse chorar. Perfeito com Luís Filipe Vieira presente. Foi verdade que se falou num candidato para a Liga, que estava caótica, fruto da gestão de Mário Figueiredo, apoiado pelo Benfica. Todos verificámos que era preciso mudar. Aparece o nome do Luís Duque, que entretanto fala com Vieira por telefone e depois o Vieira passa-me o telefone. A partir daí não há traição, porque o Luís Duque foi eleito presidente da Liga. No final desse mandato é que havia vários candidatos e é quando aparece a candidatura do Pedro Proença. A tal reunião existiu, não foi secreta, nada havia a esconder. Foi escolhido o eleito e o Luís Duque cumpriu o mandato. Só depois apareceu o Pedro Proença. Não podia nunca ter cortado relações por um facto que não aconteceu. Quando vou para a Quinta das Lágrimas, há muito que as nossas relações estavam cortadas. Se o Luís Filipe Vieira tiver lapsos de memória que pergunte à Leonor Pinhão em que ano foi, ela sabe."