Pinto da Costa. "O Belmiro de Azevedo disse que estávamos no sítio certo: 'tu gostas muito do FC Porto e eu de ganhar dinheiro'"
Pinto da Costa foi um dos oradores no XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória, que decorre na Fábrica Santo Thyrso até este sábado
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Defesa do treinador: "O vencer ou perder está muito perto. A bola pode bater na trave e entrar ou ir para fora. Há treinadores que podem ganhar sem mérito e há treinadores que podem perder com grande mérito e por problemas externos falhar. Nunca deixei cair um treinador pelo facto de ter perdido. Se sentir que um treinador não tem capacidade, no momento próprio termina as suas funções com dignidade. Nunca nenhum treinador sai se trabalhar bem - e tenho tido a felicidade, de modo geral, de trabalharem bem -, se perder não é razão para o deixar cair."
Pensou, alguma vez nestes 41 anos, que chega, 'estou farto'?: "Por esse facto de estar farto, não. Tenho hoje a mesma paixão que tinha há 41 anos ou há 70, quando entrei para sócio. Houve situações em que pensei que talvez para o clube pudesse ser melhor a minha saída e uma mudança. Vou lembrar um facto: em 1987 vencemos a Taça dos Campeões Europeus, foi uma loucura, e fiz um projeto para que o FC Porto pudesse dar um grande salto e o que era preciso era ter muito dinheiro ou miuto crédito. Muito dinheiro não tinha, crédito tinha as minhas barbas, mas ainda tinha que a deixar crescer. Nesse projeto, o FC porto ia dar um passo em frente, com a contratação de jogadores internacionais de vários países. Tudo viável, mas era necessário alguém que desse garantia disso junto dos bancos. Falei a duas pessoas, Comendador Gonçalves Gomes e ao engenheiro Belmiro de Azevedo. Apresentei o projeto e disponibilizei-me para ser diretor de futebol da direção que iriam presidir. O Comendador apresentou o plano ao BCP, mas não podia aceitar, porque iam mexer na vida dele e não queria andar nos jornais. Não se sentia bem em ser presidente e eu diretor. O Belmiro disse que estava bem feito, mas que estávamos os dois no sítio certo: tu gostas muito do FC Porto e eu de ganhar dinheiro. Fiquei com a criança nos braços e tive de continuar. Por estar farto disto, sair, não. Nessa altura tentei, porque achava que era o melhor para o FC Porto.
Palavras de motivação aos profissionais de saúde: "Têm uma profissão que é um privilégio, poder ser útil aos seres humanos. Tenham a esperança de que as suas situações serão recompensadas, como merecem. E têm que aproveitar o atual minuistro da saúde para que isso aconteça. Fiquem sossegados. que ele está a bater palmas".
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