Pinto da Costa: "Não sou um caso de estudo, sou um cidadão normal que tem resistido a muita coisa"
Presidente do FC Porto marcou esta sexta-feira presença no Thinking Football Summit, evento organizado pela Liga que decorre até domingo, no Porto.
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Declaração inicial: "Antes de começar queria dizer que vim à confiança porque sabia que ia estar aqui Manuel Pizarro, que trata da saúde de todos os portugueses, e em especial dos dragões. E também como reconhecimento e apreço pelo grande trabalho que Pedro Proença tem feito na Liga e por todos os amigos que sabia que iam estar presentes."
Se viessem estudar o FC Porto, Pinto da Costa ia ser estudado ou era o professor? "O professor era o meu irmão. Eu sou aluno sempre e espero ser toda a vida. Todos nós estamos sempre a aprender e aprendemos todos uns com os outros. O FC Porto que tinha de vir estudar é o que é uma cidade, uma região, ter uma paixão assoberbada, com os valores, a cidade e o FC Porto, e sobretudo o sentimento que o FC Porto tem. Quanto mais o país está centralizado, mais os portistas amam o FC Porto e em todas as regiões do país cada vez mais o FC Porto tem mais adeptos, mais amigos, porque estão na nossa luta. Isso é que seria um caso de estudo. Eu não sou um caso de estudo, sou um cidadão normal que tem resistido a muita coisa e que, segundo dizem, vai durar até aos 100 anos."
Mística: "Quem viver o FC Porto percebe que a todos os níveis há uma grande paixão, em colaborar e trabalhar para o FC Porto. Ainda há dias, um político que não é do FC Porto visitou o nosso museu e disse que de facto não era possível visitar e não sair um pouco portista, pelo menos. Ali está a nossa história, os nossos princípios, a paixão de toda a gente. É isso que faz com que o FC Porto seja capaz de um simples presidente vir aqui e encher uma sala para ouvir o que tenho a dizer."
O que faltava ao FC Porto [quando era mais jovem]? "Passei a ir com um tio meu que era apaixonado pelo FC Porto, a ver os jogos na Constituição, desde criança que em todos os fins de semana via o FC Porto e vivia o FC Porto com grande paixão. Achava que o Porto tinha gente que gostava muito do FC Porto, mas que havia um certo fatalismo, não havia ambição, havia um conformismo com as derrotas e as coisas anormais que se passavam. Isso foi o que tentámos combater há muitos anos e felizmente hoje toda a gente acredita e acha que quando se empata um jogo, a Torre dos Clérigos só não cai porque... ela compreende o futebol."
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