Pinto da Costa: "Já tenho escrito quem não quero que vá ao meu funeral"

O que não perdoa? "Não perdoo a falsidade a mentira e se fizerem mal aos meus."

Homem de grandes paixões? "A minha grande paixão foi o FC Porto e depois estou muito bem, vivo com uma pessoa por quem me apaixonei. Devo respeitar todo o passado, que envolve outras pessoas, vivo o presente com muita alegria. A diferença de idades não me incomoda em nada. Sigo pela minha cabeça. Nunca deixei de tomar uma atitude por causa do que vão dizer."

O que lhe cativou na Cláudia [n.d.r.: companheira]? "A alegria dela, o cuidado dela comigo, tanto assim que vivemos vários anos e decidimos casar por vontade minha, sinto-me feliz."

O que gosta de fazer nos tempos livres? "Gosto de ler poesia e de jogar damas com o computador. Normalmente, ganho. É um bom exercício. Jogo num nível alto e tenho de estar concentrado."

Críticas: "Não tenho redes sociais, nem vejo. Quando escrevem e não dão a cara. Não conta. Quando temos um objetivo não tenho de estar preocupado se dizem bem ou mal. Interessa-me é estar bem comigo. Estou-me a marimbar para o que vão dizer de mim quando morrer. Há pessoas que me incomodariam muito se fossem ao meu funeral. Já tenho escrito quem não quero que vá. Estou a escrever um livro e uma das coisas que estão lá é o quero para depois de morrer. E os meus filhos sabem quem eu gostaria de ver lá ter e quem não gostaria de lá ter e que quero ser cremado e as cinzas depositadas na azinheira à beira da Capela da Nossa Senhora, em Fátima. Quero que todos que vão ao meu funeral de gravata azul, não quero ver o luto da gravata preta. Esses depois vão contar anedotas cá fora enquanto o morto está lá dentro. Quero gravatas azuis em homenagem ao FC Porto."