Pinto da Costa: "Entretanto, já não era o Sérgio Conceição que ia sair, era o Otávio. Não saiu..."

Pinto da Costa, presidente do FC Porto
Pedro Correia/Global Imagens
Confira as palavras de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, no editorial da Dragões, revista do emblema azul e branco
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, no editorial da revista Dragões, perspetiva a próxima época e faz uma "revisão" a tudo o que se disse durante este mercado de transferências até ao momento.
O presidente do emblema azul e branco dá três motivos para encarar a nova temporada "com otimismo e esperança" e explica o porquê de perceber "cada vez melhor por que é que esta altura do ano é conhecida como 'silly season'", passando pelas "novelas" de mercado que tiveram como protagonistas Sérgio Conceição e Otávio.
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"Diziam que precisávamos de vender os nossos melhores jogadores ao desbarato, porque se isso não acontecesse entraríamos em incumprimento do fair play financeiro. Era mentira. Diziam que o Sérgio Conceição ia sair para o Nápoles. Não saiu. Depois ia sair para o Tottenham. Não saiu. Depois ia sair para o Paris Saint-Germain. Não saiu. E não saiu, porque é um homem de grande caráter, ama o FC Porto, e tem valores muito superiores ao "vil metal". Depois ia sair para clubes árabes de cujos nomes nem me lembro. Não saiu. Depois o FC Porto não tinha dinheiro para se reforçar. Contratámos o Fran Navarro, que todos os especialistas reconhecem como um dos avançados mais promissores do campeonato português. Aí surgiu um novo problema: tinha sido demasiado barato. Entretanto, já não era o Sérgio Conceição que ia sair, era o Otávio. Não saiu", pode ler-se num excerto do editorial.
Leia o editorial na íntegra:
"Está quase a começar uma nova temporada e eu só posso encará-la com otimismo e esperança. As minhas expectativas são positivas por três motivos: porque vencemos cinco dos últimos seis troféus nacionais; porque mantemos o essencial da estrutura, da equipa técnica e do plantel que nos conduziram a esses sucessos; porque os inimigos que temos na comunicação social e que reforçam os ataques contra nós quando sentem que constituímos uma ameaça estão muito agitados.
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Foi a 4 de junho que, graças a uma exibição brilhante, derrotámos um adversário excelente na final da Taça de Portugal. Desde essa altura, na maioria dos jornais e das televisões, sobretudo nos que trabalham a partir de Lisboa (ou seja, praticamente todos), as notícias sobre o FC Porto são quase sempre negativas e constantemente falsas. Diziam que precisávamos de vender os nossos melhores jogadores ao desbarato, porque se isso não acontecesse entraríamos em incumprimento do fair play financeiro. Era mentira. Diziam que o Sérgio Conceição ia sair para o Nápoles. Não saiu. Depois ia sair para o Tottenham. Não saiu. Depois ia sair para o Paris Saint-Germain. Não saiu. E não saiu, porque é um homem de grande caráter, ama o FC Porto, e tem valores muito superiores ao "vil metal". Depois ia sair para clubes árabes de cujos nomes nem me lembro. Não saiu. Depois o FC Porto não tinha dinheiro para se reforçar. Contratámos o Fran Navarro, que todos os especialistas reconhecem como um dos avançados mais promissores do campeonato português. Aí surgiu um novo problema: tinha sido demasiado barato. Entretanto, já não era o Sérgio Conceição que ia sair, era o Otávio. Não saiu.
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No que ao FC Porto diz respeito, a maior parte do papel e do tempo gasto pela imprensa portuguesa durante o último mês e meio foi dedicado a coisas que não aconteceram. Percebo cada vez melhor por que é que esta altura do ano é conhecida como "silly season". Ainda bem que as minhas decisões não são e nunca foram tomadas em função do que dizem os jornalistas e os comentadores."
