"Pinto da Costa é uma testemunha fulcral, mas não sou eu que tenho de juntar um atestado médico"
Declarações de Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde esta quinta-feira foi lida a decisão instrutória da Operação Pretoriano, que leva todos os arguidos a julgamento
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Decisão e reação de Fernando Saul: "Estou completamente desiludida com a justiça. Há prova indiciada, há visionamento de imagens e não se altera uma vírgula à acusação. É uma perfeita anormalidade. Há colegas que entendem que a instrução não serve para nada. Acredito que em julgamento vamos ter as provas de que as coisas não foram como a acusação diz. E adoraria que o tribunal de primeira instância enviasse para cá a sua decisão. 2O meu cliente está incrédulo, como estão todos. Não alterar uma vírgula é algo que não lembra a ninguém. Há pequenos factos que poderiam ter sido alterados que não foram."
Pedido de audiência a Pinto da Costa na qualidade de testemunha: "Recebi um despacho há poucos dias de que o meu cliente teria de juntar aos autos um documento comprovativo da situação da testemunha que pretendia ouvir… Espantou-me muito, uma vez que não é a advogada de um arguido que fala com uma testemunha, nem o próprio arguido… Não tenho de o fazer… O tribunal é que deve oficiar a testemunha, para ela dizer se pode ou não. Pinto da Costa é uma testemunha fulcral, mas não sou eu que tenho de juntar um atestado médico."