Pinto da Costa e a AG do FC Porto: "Três procuradores, sócios do FC Porto, estiveram lá a controlar..."

Sobre a AG do FC Porto: Incidentes na AG foi o princípio da viragem: “Acho que sim. Aquilo foi muito bem preparado, porque não é normal. Nunca viu em nenhuma AG, fosse do que fosse, incitamentos da parte da equipa do André Villas-Boas a pedir para irem à AG, filmem tudo e estejam em grupo. Quando uma pessoa vai para uma AG, nem que seja do condomínio, e pede às pessoas para filmarem tudo, é porque sabem que há tudo para filmar. E houve uma coisas estranha. Três procuradores sócios do FC Porto estiveram lá a controlar a AG. A AG acabou às 2h00 e no dia seguinte, às 10h00, já estava uma queixa de uma procurada contra os acontecimentos.”

Instrumentalização da justiça: “Acho que houve instrumentalização daquele grupo, com a colaboração da justiça”.

Situação financeira do FC Porto: “Fazem um drama de uma situação… Sempre houve dívidas. Depende de como se quer ver as coisas. Quando dizem que deixámos oito mil euros na conta. Não sei se eram oito, dez ou sete… Agora, o que deixámos é 50 M€ que vamos receber por ir ao Campeonato do Mundo de clubes, que foi ganho por nós; um contrato de 65 M€ com a Ithaka, que era só assinar e receber o dinheiro, que depois fizeram um contrato melhorado à custa dos sócios, porque era feito na base do preço dos lugares cativos e camarotes. E como aumentaram significativamente o preço, obviamente que a proporção aumentou. Só aí tinham mais de 150 M€. Depois, deixámos um plantel que se quisessem vender… Ainda agora venderam o Evanilson por 37 M€. E o mercado ainda não acabou. Éo património que nós deixámos. Não me preocupo com o que dizem. O que eu deixei foram 69 títulos em futebol, 2560 nas modalidades, deixei um estádio, um museu, um pavilhão e, sobretudo, uma coisa importante, que foi, desde 1962, a maior parte dos dias da minha vida”.