Pinto da Costa, a política, o Apito Dourado e a morte: "Alguns vai ser com foguetes"
Declarações de Pinto da Costa, presidente do FC Porto, no programa "Alta Definição", da SIC
Corpo do artigo
O que dirão os jornais aquando da sua morte? "Alguns vai ser com foguetes de São João. “Desta vez, foi”, aconselho título esse para o CM. “Já não o temos de aturar” ou “Estamos livres desta peça”. Outros dirão o que se diz sobre quem morre, que tinha coração de ouro e tal, uma bela pessoa."
Que gostaria que dissessem? "É-me indiferente. Quero é deixar que os meus amigos e família tenham uma recordação positiva de mim. De uma pessoa que amou viver , amou o FC Porto, a cidade e o país e que lutou para que a vida fosse melhor para todos. Se fiz isto ou ganhei campeonatos, é-me indiferente."
De que sente mais orgulho? "De ter sido 42 anos, para já, presidente do FC Porto e de ter conseguido mais de 2566 títulos e de ter tido a massa associativa unida, para mim é um grande orgulho."
Política? "Tive vários convites, até para o Parlamento Europeu. A Câmara do Porto gostava. Acho desumano a quantidade de sem-abrigos na cidade e não se faz nada. Dão cobertores e comida, mas estão na rua. Seria a minha principal preocupação, mas era incompatível com a posição no FC Porto. Se deixasse o FC Porto, os portistas não iam perdoar, os que já são contra mim não votavam e não ia ter voto nenhum."
Apito Dourado: "Dormi sempre de consciência tranquila. O que me incomoda é nos 50 anos do 25 Abril estar a falar consigo e estar a ser escutado. Sei que sou escutado."