Pinto da Costa: "A densidade competitiva destas datas internacionais é absurda"
Presidente do FC Porto, Pinto da Costa, considera que a densidade competitiva, provocada pelas datas internacionais "é absurda" e que "os interesses dos clubes, que são quem paga aos jogadores, não estão salvaguardados"
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Pinto da Costa, que volta a assinar um artigo de opinião na Dragões, publicação do FC Porto cuja última edição passou a estar disponível, mostra-se crítico do atual calendário, não deixando de lamentar que "as instituições que governam o futebol e deviam ter a preocupação de zelar pela qualidade das competições nada falam para tentar pôr cobro a isto", apontando a Espanha como um exemplo que devia ser seguido em Portugal.
"O que não é nada positivo é que, com apenas quatro jornadas disputadas, o nosso campeonato tenha de ser interrompido para serem realizados jogos das seleções nacionais. A densidade competitiva destas datas internacionais é absurda - cada equipa joga três vezes no espaço de uma semana - e os interesses dos clubes, que são quem paga aos jogadores, não estão salvaguardados", defende o presidente portista.
"É incompreensível que haja atletas a representar equipas nacionais menos de 48 horas antes de terem compromissos importantes ao serviço dos clubes. E é ainda mais incompreensível e inaceitável que as instituições que governam o futebol e deviam ter a preocupação de zelar pela qualidade das competições nada falam para tentar pôr cobro a isto. Essa é a realidade em Portugal, mas mesmo aqui ao lado, em Espanha, o cenário é bem diferente, com a Liga a enfrentar a FIFA em tribunal, e a conceder apoios aos clubes e a adiar jogos das equipas mais prejudicadas pelas seleções", pode ainda ler-se no mesmo artigo.
A finalizar, o presidente do FC Porto destaca a presença do clube em mais uma edição da Liga dos Campeões: "Este mês começaremos a discutir a Liga dos Campeões pela 25ª vez na história, um registo só ultrapassado pelo Barcelona e o Real Madrid, e apesar de estarmos inseridos num grupo muito difícil não abdicamos da intenção de avançar para as fases a eliminar. É um desafio à altura da nossa história, desde há muito repleta de grandes momentos de superação".