Declarações de Petit, treinador do Boavista, após o empate a dois golos com o Vizela, na ronda 11 do campeonato.
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O jogo: "Fizemos golo no primeiro remate à baliza e conseguimos fazer o mais difícil, que era estar à frente do marcador. Dois minutos depois, sofremos o empate e estremecemos um pouco, fruto de não termos vindo de resultados positivos. Estivemos muito mal em termos de faltas: oito contra 20 do Vizela. Ficámos a jogar muito na expectativa, nunca fomos pressionantes sobre o portador da bola e deixámos o Vizela circular, sem que criasse situações, até sofrermos o segundo golo numa bola parada. Fomos à procura, metemos o Yusupha e podíamos até ter igualado pelo Salvador Agra."
Correções: "Ao intervalo, tive de ser um pouco agressivo com os jogadores. Tínhamos de ser mais pressionantes e intensos nos duelos, porque é essa a mística do Boavista. Fomos mais equipa com a troca do Gaius Makouta e do Robert Bozenik, que se juntou ao Yusupha. Arriscámos mais um pouco, chegámos ao empate e tivemos mais uma ou outra situação para fazer golo, mas não conseguimos. Parece que é um bocadinho [a partida] da época passada, pois falhámos um penálti no último lance. A vitória podia ter sorrido para nós, mas há que continuar a trabalhar. Temos de ter outra mentalidade quando jogamos em casa. Tínhamos de ter feito na primeira parte aquilo que fizemos um pouco na segunda."
Sorte: "A sorte trabalha-se e tem de ser procurada. Vamos analisar aquilo que não correu bem, mas a sorte tem de se trabalhar todos os dias. A sorte é jogar no Euromilhões e ganhar."
Sistema tático: "Tentámos mudar [o sistema tático ao intervalo]. Trabalhamos dois processos e já fizemos isso quando tivemos de arriscar em outros encontros. Com o Ricardo Mangas castigado, sentimos que podíamos passar para um 4-3-3, até porque o Vizela joga diversas vezes com os quatro defesas fixos e três médios muito paralelos uns aos outros. Quando ganha a bola, espera que os três da frente possam transitar e acelerar, mas podíamos estancar isso com os nossos quatros defesas e igualar no meio-campo a partir dos três médios."
Saída de Kenji Gorré ao intervalo: "Isto não é só para a frente. O futebol é para a frente e para trás. Muitas vezes, quando saltamos ao portador da bola, temos de ganhar mais vezes, porque jogamos em casa e os primeiros defesas têm de ser os atacantes. Mudei um pouco, porque vínhamos a sofrer golos há seis ou sete jogos em casa e arriscámos."
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