Petit: "Antes de haver penálti, que também me deixa dúvidas, é falta sobre o Clayton"
Declarações de Petit, treinador do Rio Ave, após a derrota por 3-2 na receção ao Benfica, na 26.ª jornad da I Liga
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Análise e penálti a favor do Benfica: “Eu tinha dito aos jogadores que normalmente quando as equipas grandes vêm de um jogo, a meio da semana, de Liga dos Campeões, entra forte, tenta logo resolver nos primeiros minutos. Foi o que aconteceu, o Benfica empurrou-nos muito para trás. Tivemos mais alguma dificuldade sobre o nosso lado direito, com o Carreras, o Kokçu e o Bruma, que estavam ali a trabalhar sobre as costas do Vrousai e nunca conseguimos fechar bem o corredor direito. E muitas vezes quando ganhámos, também não conseguimos sair porque estávamos muito baixos. Mas mesmo assim ainda tivemos duas situações com o Clayton, que podia ter feito golo. Um Benfica com volume de jogo durante os primeiros 45 minutos, nós tivemos as duas oportunidades em que poderíamos também ter feito. O Benfica teve mais situações, mas não aquelas flagrantes. E depois na segunda parte tentámos mudar, mas aos 50 minutos há a situação do segundo golo, que para mim é falta sobre o Clayton, antes de haver o penálti, que também me deixa algumas dúvidas. E depois uma grande reação da nossa parte, é o nosso lema aqui, é nunca desistir, conseguimos chegar ao 2-2. E depois quando saímos numa transição que estávamos de 3 contra 2, que poderíamos ter feito golo, acabámos por sofrer o 3-2, onde poderíamos ter matado a jogada mais cedo, e deixámos o Benfica fazer uma transição nossa, sobre transição que já não podia acontecer. Aos 85 minutos, uma equipa que consegue reagir da forma fantástica que foi e levar com uma transição… Aos 85’ a equipa quis chegar ao golo. E a partir daí, tentámos mudar, temos 4 meninos com 18/19 aninhos, e o Benfica ainda teve mais uma oportunidade, mas valeu a reação da equipa.”
Faltou experiência? “Tento incutir mentalidade ganhadora na nossa equipa. Como eu disse, numa transição em que poderíamos ter definido de outra forma, também queríamos ir à procura dos três pontos, não conseguimos, o passe não entrou, mas depois tivemos duas situações para matar essa jogada, e as faltas são para se fazer, e o Benfica acaba por chegar ao 3-2. É falta de alguma maturidade, são jogadores muito jovens, já disse que a média de idades nossa equipa é abaixo dos 23 anos, lançámos quatro meninos, três com 18 anos e um com 21, é este projeto, é aquilo que nós temos, mas é continuar a trabalhar.”
O Benfica encontrou quase sempre soluções para finalizar nas bolas paradas, muitas finalizações de cabeça. Foi mais mérito do Benfica ou houve mérito da sua equipa? “Não, o Benfica também nos estuda, e vê onde é que pode aproveitar. O que eu digo aos jogadores é tentar logo ajustar naquilo que pode haver mais volume. O Benfica estava a aproveitar mais ao segundo poste, onde metia quatro jogadores, e nós muitas vezes temos de ajudar, tem de haver comunicação, e às vezes não há essa comunicação, fruto também de várias nacionalidades, e a língua muitas vezes é difícil. Mas temos de ajustar e tentámos sempre, porque o Benfica estava a explorar o segundo poste e estava a criar essas situações, mas tentámos ajustar ao intervalo e melhorámos.”
Equipa melhorou desde a receção ao Sporting? “Sim, o jogo menos conseguido da nossa parte, aqui em nossa casa, foi com o Sporting. Não conseguimos ser igual a nós próprios. Também recordar que saíram nove jogadores com alguma experiência, que já estavam aqui há alguns anos, e trouxe cinco ou seis jogadores, com juventude. E é este projeto, é fazê-los crescer, fazê-los evoluir no dia-a-dia. A equipa tem vindo a crescer, depois há pormenores e detalhes que se pagam, é fruto da imaturidade de alguns jogadores, mas faz parte do crescimento deles e vão continuar a crescer e evoluir. Vamos conseguir fazer coisas boas.”