Petit antes da visita a Vila do Conde: "Também já falhei um penálti num Mundial"
Treinador do Boavista abordou a mudança de sistema na receção ao Vizela e o penálti desperdiçado pelo avançado gambiano na parte final da receção aos minhotos
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Na antevisão da visita a Vila do Conde, onde este domingo defronta o Rio Ave, Petit assumiu que "o mês de outubro" não foi, naturalmente, o que queria. O Boavista perdeu dois jogos e empatou dois para o campeonato e foi afastado da Taça de Portugal pelo Machico, do Campeonato de Portugal.
Mudança de sistema no jogo com o Vizela. É para manter com o Rio Ave?
"Temos trabalhado esses sistemas ao longo destes meses. O 4x3x3 ou o 4x4x2 ou com três centrais. Temos trabalhado isso, e temos jogadores para alterar isso no jogo. Foi o primeiro jogo em que entrámos num 4x3x3 e ou num 4x4x2 declarado. Trabalhamos muito nesses dois sistemas de jogos."
Se houver penáltis em Vila do Conde, Yusupha vai voltar a marcar?
"Trabalhamos os penáltis todos os dias, também já falhei um num Mundial, sei o quanto é difícil, mas nós optamos sempre por aquele jogador que tiver melhores condições para marcar. Só vocês [jornalistas] é que não marcam porque estão cá fora."
Mês de outubro para esquecer, dois empates e duas derrotas para o campeonato e eliminado da Taça de Portugal pelo Machico, do Campeonato de Portugal.
"Não foi um mês de outubro que queríamos, são ciclos que todos os clubes atravessam, estivemos perto de vencer alguns, analisámos o que não esteve tão bem, sabemos que vai ser um campeonato diferente, competitivo, exigente, não éramos os melhores, mas agora também não somos os piores. Temos de ser nós a reagir. O Rio Ave vem de um jogo menos positivo fora de casa, mas em casa tem sido forte, tem jogadores com qualidade interessante, com um processo de jogo bem definido pelo seu treinador, esperámos um jogo difícil. Sabemos o que queremos e dar uma boa resposta para conquistar os três pontos."
Saiu frustrado do jogo com o Vizela, o que é preciso fazer para não sair com esse sentimento perante um adversário que está a cinco pontos de distância e três acima da linha de água?
"Marcar mais golos e não sofrer. Podíamos ter feito o terceiro de grande penalidade, não aconteceu, mas tirámos algumas ilações positivas. As menos boas tentámos trabalhar e corrigir, são detalhes e pormenores que por vezes fazem a diferença. Temos a nossa maneira de trabalhar, estudámos sempre o adversário da melhor forma, tentar tirar o melhor partido. Já estamos à décima primeira jornada, já conhecemos bem as equipas adversárias. E depois os pormenores são muito importantes e não fugir da nossa maneira de trabalhar, de encarar cada jogo, temos 17 pontos, somos ambiciosos e vamos querer mais três pontos. É com esse intuito que vamos defrontar o Rio Ave."
Lesão de Martim Tavares na primeira parte da receção ao Vizela compensada com a entrada de jogadores, como Yusupha, que permitiu uma reação positiva. Tem soluções que lhe dão garantias?
"Temos um plantel mais competitivo em termos de posições, há jogadores em melhor forma, outros menos bem. Já estamos com quatro meses de trabalho, tentámos sempre equilibrar, ver para cada jogo os que nos podem dar as melhores soluções em termos estratégicos, em função do treino durante a semana e isso viu-se no jogo com o Vizela. Fizemos o mais difícil que foi fazer o golo, depois sofremos, a equipa foi animicamente abaixo e ao intervalo dei uma mensagem para mudar o que queria mudar, com a entrada de mudança de sistema. Com o 4x4x2 fomos mais agressivos em termos ofensivos e fizemos o segundo golo. É com isso que temos de trabalhar, porque temos jogadores que nos dão qualidade, como o Yusupha, o Bruno ou o Agra."