José Peseiro faz uma rápida viagem ao passado, ao Real Madrid, e fala da adaptabilidade dos profissionais portugueses.
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José Peseiro recordou, no Fórum de Treinadores de Futebol e Futsal, a época em que foi adjunto de Carlos Queiroz, no Real Madrid, em 2003/04, e conta como é trabalhar com uma constelação de craques, com o brasileiro Ronaldo à cabeça.
"O pior jogador que treinamos é o que não sabe o que vale. Quando são bons é porque têm também cabeça: o Ronaldo falava sete línguas! Eles não têm uma vida normal, também não é fácil. Também precisam de relação humana. Também têm inseguranças, fraquezas, lacunas", disse.
Para Peseiro, "o treinador português tem capacidade para perceber contextos, ter paciência. Desde programar treinos em função de rezas, do Ramadão, etc", e reconhece as mudanças no futebol.
"Tinha noção que era preciso mudar um pouco as regras, mas olhem, por exemplo, os extremos de hoje que deixaram de ser extremos. Se calhar já não é preciso mudar. O jogo está a reinventar-se. Há equipas e treinadores que trouxeram coisas novas. Vemos coisas e repetimos. Há uns anos, o futebol estava a ficar monocórdico", apontou.