Umaro Embaló, avançado da equipa B do Benfica, recordou os primórdios no futebol, ainda na Guiné-Bissau.
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Foi no Bairro Militar, em Bissau, que Umaro Embaló começou a dar os primeiros toques na bola. Aí, começou a dar nas vistas e, numa captação das camadas jovens do Benfica, acabaria por convencer os responsáveis encarnados.
Foi isso mesmo que recordou em entrevista à agência EFE. O atacante atua na equipa B das águias e acalenta a esperança de ser promovido à formação principal em breve.
"Vim [para o Benfica] com 12 anos. Deixei a minha família, não foi fácil, mas o convite do Benfica é o sonho de qualquer menino. Já estou aqui há seis anos", relembra Embaló, de 19. E prossegue: "Comecei na escola do meu barro, o Bairro Militar, onde me destaquei e, depois levaram-me a uma escola de futebol, ainda que não fosse fácil. Apanhava o transporte e ia treinar sem tomar o pequeno-almoço, sem comer. Nada, nada fácil. Lá, com 12 anos, surgiu a oportunidade de estar numa captação do Benfica. Foram mais miúdos e selecionaram-me e a um amigo, que agora joga no Leixões. Lembro-me que não dormia, telefonava para perguntar se me tinham escolhido", recorda o jovem extremo, que tem Di María como ídolo.
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O contrato profissional que o liga ao Benfica serve, também, para ajudar a família, que se mantém na Guiné:
"Ajudo sempre a minha família, já desde que tinha contrato de formação. Todos os meses tinha que ajudar porque sei de onde vim e das dificuldades que se passam lá. Pouco aqui é muito lá", assinalou Umaro Embaló, que coincidiu com João Félix na formação encarnada e é amigo de um craque do Barcelona, Ansu Fati.
"Num torneio de clubes no Dubai, a final foi Benfica-Barcelona. Na hora de comer, começámos a falar porque somos os dois da Guiné-Bissau, ele nasceu a uma hora do Bairro Militar, onde eu vivia. Desde então, a amizade continuou, somos como irmãos e a família dele trata-me como tal", rematou Embaló.