Pequenos e médios agentes do futebol têm plataforma online de apoio aos negócios

Cerca de 70 empresários, agências e outros operadores, representando 30 países, estarão presentes, a 25 de maio, no primeiro encontro da plataforma Globall.Football, que entrou recentemente na indústria do futebol profissional e que, apesar do seu caráter global - trata-se de uma "ferramenta" online para negócios e troca de informação - tem um português aos comandos.

Fernando Mendes, CEO da empresa com o mesmo nome, está há muito ligado aos negócios do futebol e divide, hoje em dia, o seu quotidiano entre Londres e o Luxemburgo. Resolveu avançar, há dois anos, com o apoio de um consórcio de empresas internacionais, para a constituição de uma plataforma que "pretende servir os pequenos e médios agentes de todo o mundo", disse a O JOGO.

"Trata-se de um modelo que permite aos seus subscritores, profissionais de vários setores do futebol, trocarem informação ou negociar entre si, online, a qualquer momento", referiu o mentor do projeto, que pretende que este seja "tão inovador quanto transparente", assim como "gerador de boas práticas".

A motivação do projeto, "dedicado ao futebol e a todas as suas vertentes", passa por colmatar algumas debilidades dos pequenos e médios agentes de todo o mundo, que, uma vez inscritos no serviço, encontram enorme rede de contactos, têm acesso a informações relacionadas com a situação contratual dos jogadores, custos das transferências, informação sobre as competições e, sobretudo, apoio jurídico, o que, "muitas vezes, têm dificuldade em conseguir", sublinhou Fernando Mendes, dando como exemplo "quando os clubes não pagam".

"À distância de um clique", refere, "eliminam-se custos como viagens e mediações presenciais. Será, também, uma espécie de bolsa de jogadores e de clubes, onde os interessados terão mecanismos para poderem investir nos negócios que entenderem", acrescentou.

Para Fernando Mendes, "as ideias da Globall são novas, mas são concebidas por pessoas há muitos anos ligadas ao futebol". Por isso, faz notar que aquelas que se estão a inscrever, "de todas as áreas do futebol, estão também motivadas pela necessidade de maior transparência no setor".