Declarações de Pepe, central do FC Porto, em entrevista à TNT Sports.
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Propostas do Brasil: "Sim. Quando estava para sair do Real Madrid, surgiram alguns clubes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Alguns intermediários vieram falar comigo, mas não se chegou a concretizar nada. Não se proporcionou, as coisas não avançaram. Foi tudo muito vago. Não revelo os nomes dos clubes porque é chato, não estou lá, até por uma questão de respeito."
Futebol brasileiro: "No Nordeste nós torcemos por dois clubes, um do Rio e um de São Paulo. Quando era pequeno torcia pelo Flamengo, em São Paulo torcia pelo Palmeiras. Porquê? O Flamengo porque uma vez foi lá jogar a Maceió e eu fui ver o treino. O Palmeiras porque na altura tinha um avançado, Oséas, que me marcou muito, tinha umas tranças e festejava os golos na grade. E o Felipão também ganhou a Libertadores pelo Palmeiras. Sigo o futebol brasileiro e vejo que o Renato tem dado estabilidade ao Grémio, é um clube muito competitivo. Agora foi para lá o Hulk para o Atlético Mineiro e agora há treinadores portugueses. Esse intercâmbio faz bem. Já tivemos aqui treinadores brasileiros, inclusive na seleção. Tivemos o Felipão, e aprende-se, o Felipão deixou aqui a sua semente também, como outros que passaram pelo futebol português. Os portugueses que estão no Brasil também deixam a sua sementezinha, fazendo com que as equipas sejam mais competitivas, com outra maneira de trabalhar. O Renato Gaúcho é um treinador competitivo, as equipas dele jogam bem à bola, trabalham muito e ele foi jogador. Esse intercâmbio faz bem para o futebol, a formação, os métodos diferentes, essa troca de conhecimento vai para a formação. O Brasil tem muito talento, sempre muitos jogadores a saírem com qualidade. Com um pouco de critério e organização, os jogadores não precisam de vir para a Europa para despontar e se valorizarem."
Pandemia: "O mais fácil para mim era não opinar e não ser injusto com ninguém. O facto é que temos um vírus que é perigoso, Portugal teve uma segunda vaga muito forte, muito delicada, mas a economia também tem de andar, caso contrário as pessoas vão morrer e passar muita dificuldade. O que posso dizer é para que as pessoas tenham cuidado. Que se previnam, tenham máscara, álcool gel, não tenham muito contacto social, porque é onde se passa esse vírus com mais facilidade. Lamento imenso as pessoas que já partiram, é triste, já se foram muitas. Temos de viver sempre com respeito pelo próximo. Se pensarmos assim, protegemo-nos não só a nós como aos outros."