Extremo prepara-se para fechar a época como o jogador com mais partidas em Portugal: 55.
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Do adversário mais modesto ao mais forte, no Dragão ou a vários quilómetros de distância, Pepê não teve descanso, participando nos 54 jogos realizados pelo FC Porto esta temporada.
O extremo é caso único nos dragões e tudo aponta para que no domingo, com o Braga, na final da Taça de Portugal, alcance outro registo que comprova a resistência demonstrada desde o primeiro apito de 2022/23.
Alguns minutos é tudo o que precisa para ser "coroado" como o jogador com mais encontros disputados esta época em Portugal, libertando-se da companhia dos benfiquistas Vlachodimos, Florentino e Grimaldo, que já entraram de férias e não poderão atingir os 55.
Contudo, os planos de Sérgio Conceição vão muito para além disso, devendo aproveitar as boas indicações que deixou no sábado, com o V. Guimarães, na despedida da I Liga, para lhe dar a titularidade no lado direito da defesa no embate decisivo da prova-rainha do futebol português.
A ausência de castigos, de problemas físicos relevantes e a versatilidade para desempenhar várias funções no esquema tático do FC Porto ajudam a explicar esta regularidade de Pepê. Nem mesmo um problema num pé, em meados de março, que o impediu de treinar durante toda a semana antes da visita a Chaves, levou Sérgio Conceição a deixar o ítalo-brasileiro fora de jogo, lançando-o durante 25 minutos com os flavienses. Por isso, é com naturalidade que chega à parte final da temporada com 4166 minutos nas pernas, mais 112 do que o segundo portista mais utilizado (Uribe) e somente a 50 de estabelecer um máximo de carreira (4215"). O recorde foi fixado em 2020, quando também participou em mais de 50 partidas pelo Grémio de Porto Alegre. Na altura alinhou em 57, depois de em 2019 "ter ficado" pelas 54.
A fama de "Homem de Ferro" vem, por isso, de longe e contribui para o interesse que Pepê tem despertado nos tubarões que época após época andam a rondar o Dragão. A maior parte está sediada em Inglaterra, onde dinheiro está longe de ser o principal problema, mas o FC Porto já deu a entender que não abrirá mão de um dos seus principais ativos facilmente. A renovação de contrato até 2027 foi um sinal de confiança da SAD no futuro, pelo que será preciso uma oferta muito boa, não muito distante da cláusula de rescisão (75 M€), para levar os portistas a equacionar abrir-lhe a porta de saída.