Treinador do Vitória está ansioso pelo regresso do público. "Se arrepia ouvir o nosso hino sem adeptos, quanto mais com adeptos", atirou.
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Na antevisão do arranque do campeonato, este domingo, em casa, com o Portimonense, Pepa sublinhou a necessidade da sua começar a marcar posição nos jogos disputados no seu estádio e destacou, o regresso, 18 meses, do público.
Primeiro jogo do campeonato, com o Portimonense
"Pode esperar-se uma entrada forte do Vitória, com o pé direito, com os nossos adeptos, com um bom jogo, boa dinâmica, uma entrega muito forte e estamos muito ansiosos que chegue. Conseguimos o objetivo que já foi falado, agora o que interessa é este objetivo e esta competição. O que interessa é esta comunhão de ideias, onde o Vitória anda a insistir numa luta há muito tempo para que os adeptos voltassem e finalmente isso vai acontecer. E depois compete-nos a nós perceber a importância deste jogo, por ser o primeiro, e assim que o árbitro apitar temos que desfrutar do jogo, dos nossos adeptos, da nossa casa e começar a marcar posição naquilo que queremos muito: uma equipa muito forte em casa. E amanhã, dentro do campo temos que fazer acontecer".
O que representa o regresso do público, 18 meses depois?
"Só vejo coisas positivas, ainda por cima aqui é especial. O ser humano é um animal de hábitos e, infelizmente, tivemos que nos habituar ao contexto de porta fechada. E agora, felizmente, os 33 por cento são permitidos. O futebol é espectáculo, é para o povo e espero que as coisas corram bem e que a curto prazo possamos ter mais adeptos no estádio. O regresso do público representa muita diferença no rendimento da equipa. Entrar no campo e estar a ouvir o nosso hino, com os nossos adeptos, arrepia. Se arrepia sem adeptos, quanto mais com adeptos. Gostava que os 33 por cento ficassem esgotados, vamos ver o que conseguimos. Os que estiverem no estádio vão apoiar do início ao fim. A equipa vai fazer tudo para puxar por tudo e por todos para que possamos estar todos juntos".
Análise ao Portimonense
"Tem um treinador experiente, que já passou por esta casa, que conhece bem o nosso campeonato. Além de experiente, é competente, é uma pessoa por quem tenho uma grande estima. Para além da qualidade técnica que tem, o Portimonense é uma equipa muito forte fisicamente, ataca muito a profundidade. Temos essa e outras situações bem identificadas, sabemos bem da sua valia coletiva e individual. Mas olhamos muito para o que nós podemos e devemos fazer. Sabemos o que vamos encontrar pela frente. Há aquela ansiedade pelo apito inicial. Estamos à espera que chegue o nosso momento, a nossa hora. Estamos preparados. Temos de ter a capacidade para fazer muito e bem".
É a sexta equipa, a nível sénior, que treina. Está mais motivado do que nunca?
"A motivação é total, a responsabilidade é grande. Jamais irei olhar para trás e dizer que é mais ou menos motivante, dou tudo de mim onde estou. Não fujo à questão e percebo a dimensão do Vitória. Era algo que já queria há muito tempo. O Vitória quis-me muito, mas eu também queria muito o Vitória. Com respeito com tudo o que está para trás - desde os clubes do distrital aos profissionais -, o presente enche-me de orgulho e de responsabilidade e de querer fazer muito por este clube que não é só grande, é enorme, é um clube especial porque se juntou a fome com a vontade de comer".